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2009/01/24

Assim cai um Governo

Pouca margem resta ao primeiro-ministro. Numa altura em que o escândalo sobre o licenciamento do Freeport ganha uma ênfase crescente restam apenas duas hipóteses ao primeiro ministro. A primeira é demitir-se, optando por retirar-se da vida política enquanto as investigações prosseguem, abrindo caminho para o seu sucessor no partido para disputar eleições antecipadas. A segunda é decretar a morte lenta da imagem de todo o partido. Caso o escândalo se instalar na comunicação social, o PS sofrerá um desgaste consolidado, ficando todos os seus dirigentes cúmplices ao dar confiança política ao seu líder. Outra coisa não seria de esperar.

De nada vale de mentir, pois o perjúrio não perdoa. O Freeport lembra-me um certo vestido azul.

2008/09/13

Traduções politicamente correctas

Lê-se na tradução politicamente correcta do público: “Vão para o diabo, yankees de merda”.

No original ouve-se: "Vayanse al carajo yankees de mierda". Estou a tentar esboçar uma tradução mais adequada em português. Agradeço sugestões na caixa de comentários.

2008/09/08

Money Talks


Se fosse um investidor desinteressado, quanto pagaria em dólares pela probabilidade [%] do McCain ganhar as presidenciais? Assim se transaccionam no mercado os futuros do candidato presidencial.

Vox Populi

Retrato de um país repleto de gente esclarecida. É hilariante ler os comentários dos leitores. No seguimento do post anterior, segue o pódio dos comentários mais impagáveis da caixa de comentários desta notícia:

  • GOLD - "O petroleo desceu em Euros cerca de 16% , os combustiveis cairam , no mesmo período, aproximadamente 10%. O que implica que por cada litro estou a ser roubado em 8 a 10 centimos. Tudo o resto são falácias que só servem para tentar confundir e fazer " o numero de ilusionismo" que vem sendo habitual neste Portugal".
  • SILVER - "Este é mais um escandalo nacional. Está tudo bem controlado pelo governo e galp. Não há ninguem que venha á comunicação social desmascarar este roubo nos combustiveis. O petóleo desceu para preço de dezembro de 2007, aumentaram-nos os combustiveis quase 50cêntimos e apenas nos baixaram uns miseros cêntimos. Não há pachorra para aturar tanta ladroagem!!!"
  • BRONZE - "Só pesso ao Chavez para dizer ao seu amigo Pinócrates, para nacionalizar a mer.a da GALP."

2008/07/13

O problema de portugal são os jovens



Eis a cara do culpado de todos os tumultos e problemas sociais de Portugal. Têm à vossa frente o monstro. Isto de acordo com a descrição de uma comunicação social politicamente correcta. Sempre que existe uma guerra campal em bairros sociais, um assalto em massa numa praia da linha do Estoril, os prevaricadores são descritos como "jovens". Fazendo uma pesquisa por imagens, não consigo encontrar nada que se assemelhe ao que encontrei no youtube referente aos confrontos de Loures, nem ao arrastão que presenciei em Santo Amaro.

A solução para obter paz social, de acordo com a nossa imprensa, passará portanto por guardar estes seres no armário durante o período de amadurecimento. Ou então fazer com que se chegue rapidamente aos 30 sem passar por essas nefastas fases de teenager.

Pior do que não identificar os agressores como membros de um grupo étnico ou social, e omitir informação para que o noticiário se coadune com as directivas politicamente correctas, é fazer uma associação errónea. O rigor informativo passa por relatar a origem do conflito, o que define cada uma das comunidades em confronto, e as motivações racistas que estão por detrás da agressão. Mas quando a verdade não convém, arranja-se outro culpado. O que identifica uma etnia passa a ser então a "idade" imutável de todos os seus membros. Eternamente "jovens".

Descrições jornalisticamente correctas



Certos indivíduos foram vistos envolvidos num tiroteio em Loures, e a arrombar casas dos outros para lá dormir, uma vez que não se entendiam com os vizinhos. De acordo com a imagem, os indivíduos aqui representados serão...

  1. Pretos
  2. Ciganos
  3. ... ou "jovens"?

2008/07/04

A Falácia de Trichet


Quando o BCE fala em reduzir a inflação esquece-se de incluir no seu cabaz a variação de um elemento essencial: das próprias taxas de juro.

Pergunta alternativa: de que serve que uma família gaste menos 10€ por mês, se tiver de pagar mais 100€ em juros para isso? O monopólio da emissão monetária por parte do superestado europeu zela mesmo pelo bem comum?

2008/06/22

O Arrastão (2)

Passo a relatar o que assisti ontem na praia de Santo Amaro de Oeiras.

(1) Cheguei à praia por volta das 16h30. Estive no passeio marítimo de patins em linha. A praia estava bastante cheia. Ontem em particular, muito frequentada por grupos de jovens africanos. Diria por estimativa visual, que estes perfaziam 50% dos frequentadores.

(2) Tal como relata a comunicação social, a luta começou com uma pequena briga, na qual dois agentes intervieram. Junta-se uma assistência, ao estilo das cenas de porrada na escola.

(3) A certa altura, jovens africanos (e apenas estes) surgem de todas as partes da praia, arremessando todos os objectos que encontram em direcção aos polícias. Não se conheciam entre si, mas foram movidos por um claro sentimento identitário de pertença a um grupo. O polícia é o inimigo, e há que defender o "brother".

(4) Para além dos objectos, uma grupo grande (cerca de 50-100) destes jovens aproxima-se dos polícias com intuito de os agredir. Os polícias percebem que estão em inferioridade numérica, e disparam 3 tiros para o ar, de modo a dispersar a multidão.

(5) Pessoas, de todas as idades e etnias fogem da praia, em direcção à pista e à passagem subterrânea. Fugiram do sítio onde se encontravam, deixando tudo no sítio.

(6) Passado 10 minutos, já com os reforços a cobrir a praia toda, as pessoas voltaram ao areal para recuperar o que deixaram, guess what, já não tinham as suas coisas.

(7) Durante esta semana, aparecerão muitos intelectuais de esquerda, que não estiveram na praia, a testemunhar que nada disto ocorreu.

2008/05/29

Não é a mesma coisa?

"Este Governo não distribui a riqueza, distribui a pobreza"

Jerónimo de Sousa, hoje no Parlamento
Tudo depende da perspectiva: a do contribuinte ou a do assistido.

2008/05/23

Descubram as Diferenças



Petróleo caro, e agora?

Não existe política governamental que possa fazer algo contra o esgotamento da energia barata. Resta a energia cara. Qualquer barato será um artifício contabilístico em que alguém pagará pela diferença.

Neste campo, de todas as soluções, propostas e políticas energéticas preconizadas, existe algo de comum entre elas: quando o Estado Intervém, Regulamenta, Propõe, Favorece, Proíbe, Restringe, em suma interfere de toda e qualquer forma no mercado energético, traz sempre consequências adversas e efeitos secundários piores do que o pretenso malefício inicial que se propunha corrigir.

Que deixe portanto os consumidores comprar e os produtores produzir. Se os deixar trabalhar sem se intrometer naquilo que não é o seu negocio, o estado presta o melhor dos serviços.

2008/05/12

Como manipular dizendo a verdade

Duas diferentes formas de dar a mesma notícia:

1) O Salário Mínimo Nacional, estabelecido pelo governo, cresce a um ritmo superior ao do salário médio, aproximando-se deste último. Os empregadores que queiram manter empregados pouco qualificados têm de o fazer a um preço cada vez maior. Esse salário aproxima-se do salário de trabalhadores mais qualificados. O número de pessoas a auferir o mínimo estabelecido por tabela consequentemente é maior, uma vez que o limite mínimo é obrigado a aumentar. Auferir o Salário Mínimo Nacional é algo cada vez mais comum, e equiparável em termos de poder de compra ao salário médio nacional.

Publicado em Jornal Nenhum


2) Há cada vez mais pessoas a auferir o Salário Mínimo Nacional. Já vai em 192 mil pessoas, quem o diz é o Ministério. A culpa é das empresas que querem conter os custos, e dos imigrantes pouco qualificados. Entrevistamos alguns reputados economistas que assim o confirmam. O governo aumentou em 6% o salário mínimo, mas isso não interessa nada.

Diario Economico

2008/04/21

12,0% = 3,3%



Vamos ajudar o génio da bola a fazer contas?



Receita rápida para desmontar estes prospectos: desprezar o prospecto, passar a frente do texto, sossegar as hormonas, ir a ultima pagina, encontrar as letras pequenas, e multiplicar TANB por 80%.

2008/04/07

O que não se pode saber na China


Chama Olímpica apagada em Paris, sob protestos.

A tocha dos Jogos Olímpicos de Pequim foi hoje apagada por causa das manifestações pró-Tibete, durante o percurso da chama pela capital francesa, poucos minutos depois de começar o périplo. As autoridades viram-se obrigadas a colocar a tocha no interior de um autocarro.

2008/03/14

MLS rapta sete Cubanos



MLS Dreams Lead 5 Cuban Players to Defect

As we suspected/expected yesterday, the 5 Cuban players who defected after playing the USA in Olympic qualification in a move reminiscent of Maykel Gallindo's escape have come forward and have stated their desire to play in MLS according to this report on Tampa Bay Online's website.

"The five players, four of them starters, headed to South Florida after they ran to a waiting car outside the Doubletree Hotel on West Cypress Street. They are expected to seek asylum in the United States and continue their soccer careers in professional leagues here."

The players are team captain Yenier Bermudez, goalkeeper Jose Manuel Miranda, defender Erlys Garcia Baro, midfielder Yordany Alvarez and defender Loanni Prieto.

''Of course, my heart will be in Cuba with my family, but I want to have the freedom to better my life, to play professional soccer, to be the best I can be, and for that we had to make this sacrifice,'' he said. "The key now is to get the legal paperwork out of the way as quickly as possible so we can get on with our plans.''

(..)We suspect that CD Chivas USA or some other MLS club may have filed a discovery claim on a player in a move to give at least one of them a trial.

2008/03/07

Sucesso (2)


O bom avaliador no exame de condução é aquele que consegue fazer o aluno passar. Quanto mais se facilitar a passagem neste tipo de exames, mais os portugueses poderão estar descansados nas estradas.

2008/03/06

O príncipe deverá..

"é perfeitamente estéril indignarmo-nos com as maldades que se passam na Coreia do Norte. Mas tem algum significado moral indignarmo-nos com o que se passa em Guantánamo, pois é algo que, ainda que muito indiretamente, podemos influenciar"

Nicolau Maquiavel also known as Luís Lavoura, nesta caixa de comentários
Se de facto é esta a perspectiva da opinião pública mainstream, a estratégia óptima para definir a política externa de um país passa por contratar o Kaddafi para ministro dos negócios estrangeiros, desrespeitar os direitos humanos em larga escala, e fazer perder toda a esperança de que o país alguma vez mudará para melhor.

De acordo com esta doutrina, são os estados facínoras que estarão sempre imunes da condenação moral da opinião pública. Pobre Bush que pratica o bem quando possível, afinal é bem mais recompensador praticar o mal para além do necessário.

2008/01/20

Confusões à esquerda

Quando se dá o monopólio da força ao estado, está-se, em boa verdade, a atacar uma liberdade negativa, e a defender uma liberdade positiva. Os cidadãos são impedidos de coagir, agredir, usar a força. São também impedidos de furtar. Em nome da sua segurança - a liberdade positiva de saber que não pode chegar um indivíduo mais forte no meio da rua e bater-me porque lhe apetece.

Note-se bem: promove-se uma liberdade positiva à custa da violação de liberdades negativas.
Assim de vez em quando, a esquerda-utilitarista-socialista-republicana-laicista lembra-se dos liberais, e decide por produzir uma ou outra falácia ou entreter-se em experiências pensadas políticas no planeta Kashyyyk, demonstrando que o esforço de pedagogia encetado pela blogosfera liberal lusa ainda tem muito por onde prosseguir.

Apesar das conclusões do passado, às vezes vale a pena não ficar calado, e expor o que deve ser exposto. Como por exemplo, o que é anunciado no excerto acima. A grande confusão feita pelo João Vasco, em primeiro lugar, é a de que nenhum liberal considera que cada indivíduo "dá" o monopólio da força ao estado, duma forma que limita as suas liberdades negativas em nome de algum exercício de liberdades positivas. Por duas razões: a primeira, a de que um indivíduo não "dá" nada ao estado, antes delega, no exercício da sua autonomia e da da sua liberdade, essa competência no estado, aceitando de sua iniciativa um conjunto de regras que regem essa delegação; a segunda, o facto de essas liberdades serem, em termos liberais, por definição inalienáveis.

Os cidadãos não são "impedidos de coagir, agredir, usar a força" (o que seria, segundo a minha leitura das palavras do João Vasco, na sua opinião uma limitação de liberdades negativas em prol de uma liberdade positiva) porque, por definição, esses comportamentos não são liberdades negativas! Já qualquer liberal aceitará que, em certas situações, esses comportamentos sejam legítimos como mecanismo de defesa dessas suas liberdades negativas do exercício positivo da liberdade de um terceiro.

O entendimento que esse processo de delegação é uma limitação de liberdades negativas é, portanto, tão absurdo como defender que o arrendamento de uma propriedade é uma limitação ao direito de propriedade. Que quando alguém arrenda uma casa (e por conseguinte, exprime o compromisso de lá não entrar, por exemplo), está de alguma forma a ficar limitado no seu direito absoluto sobre essa propriedade.

Quanto ao cenário apresentado, por pouco interessante e útil que eu possa considerar esse género de exemplos - o liberalismo não é, para mim, nenhuma teoria universal, é um sistema para humanos no planeta Terra - tem uma resposta para mim simples em termos liberais. Espero que o próprio João Vasco partilhe da noção de que a "via A" que propõe não têm nada a ver com liberalismo.

Quanto à segunda opção, aceito perfeitamente que seja a resposta liberal ao problema.

Mas mais interessante do que responder ao problema, seria avaliar o que seria apresentado como solução alternativa pelo João Vasco. Deixe-me a mim, desta vez, contar a história do Carrafeu convertido em esquerda-utilitarista-socialista:
Passados vários meses de Ordem liberal, os prejuízos nas lojas dos 29 acumulam-se. Depois de Laura ter aberto a sua casa de strip, e de ter conseguido aliciar alguns 29 a perderem a cabeça e aceitarem pagar o preço obsceno da admissão ao estabelecimento da Laura, o negócio vai mau, e alguns lojistas até acabaram por ceder os seus negócios a Laura como pagamento pelos seus serviços.

Mas de entre os 29, há um tipo que é mais esperto que os outros. Eskerdov, conhecido subscritor do feed da Esquerda Republicana, convoca os outros e propõe o seguinte: que se juntassem todos e convocassem eleições para uma assembleia constituinte. Nessa assembleia, por maioria qualificada, foi posteriormente aprovado como artigo da constituição de Carrafeu um artigo que conferia ao estado de Carrageu, agora criado, o direito de legislar em questões de sexualidade, estritamente para a promoção do bem comum e da igualdade entre sexos.

A nova constituição foi aprovada com grande júbilo, apesar dos veementes protestos de Laura na campanha para a formação da constituinte, e durante a discussão do artigo em causa.

Passada uma semana, houve eleições. Eskerdov, entretanto caído no goto dos 28, assumiu a liderança da lista vencedora, elegendo os 5 membros do conselho legislativo, e presidindo como novo presidente da república aos destinos de Carrafeu, em estrito cumprimento da sua constituição. Como primeira medida, Esquerdov e o conselho proibiram as armas, e confiscaram as existentes para uso do estado e da sua polícia, para a qual foram escolhidos 8 cidadãos.

Apesar de o sucesso de Laura já ter entretanto mudado a opinião de 15 pessoas, o conselho delibera democraticamente, por maioria e no cumprimento da constituição, que é permitido aos cidadão ver o corpo dos outros.

Entrada em vigor a nova lei, e recusando-se Laura a aceitá-la, é arrastada para a praça dos actos públicos pela polícia, sendo forçada em estrito cumprimento da lei e da ordem a despir-se.

2007/10/19

É isto a Liberdade (2)



Liberdade sim, mas com juizinho, parcimónia, e na devida conta:

Free Speech Zone

Free speech zones (also known as First Amendment Zones, Free speech cages, and Protest zones) are areas set aside in public places for political activists to exercise their right of free speech in the United States. The First Amendment to the United States Constitution states that "Congress shall make no law... abridging... the right of the people peaceably to assemble, and to petition the Government for a redress of grievances." The existence of free speech zones is based on U.S. court decisions stipulating that the government may regulate the time, place, and manner—but not content—of expression.

[...]

The most prominent examples are those created by the United States Secret Service for President George W. Bush and other members of his administration. While free speech zones existed in limited forms prior to the Presidency of George W. Bush, it has been during Bush's presidency that their scope has been greatly expanded.

2007/08/02

Verdades escolhidas

A teoria das probabilidades é um ramo da matemática e, como todos os ramos da matemática, está fundada num conjunto de verdades absolutas e indemonstráveis - os axiomas.

Os axiomas da teoria das probabilidades são três e fáceis de enunciar: [...] É sobre estas três verdades simples e indemonstráveis que se contrói em seguida todo o edifício da teoria das probabilidades e da estatística matemática.

É possível questionar, rejeitar até, os axiomas? É, mas quem os rejeitar não terá uma teoria das probabilidades e todos os benefícios que dela resultam; pelo contrário, quem quiser ter uma teoria das probabilidades - e, depois, também, o corpo teórico da inferência estatística - tem de aceitar os axiomas como um acto de fé. A escolha é simples. Eu consagrava sempre muito tempo a esta parte da matéria e só depois prosseguia pela teoria fora, enunciando os teoremas e demonstrando-os, derivando os corolários, etc. Mas que ficasse bem claro: os axiomas não são demonstráveis.

Pedro Arroja.
Nada a apontar à constatação final de Pedro Arroja de que os axiomas, por definição, não se demonstram. Mas, quanto a mim, parece transpirar da generalidade das palavras do artigo em causa um equívoco: o de que os axiomas são Verdade, e de que a adesão aos axiomas é um acto de fé. Ora, quanto a mim, pela definição de axioma, tal não deixa de ser falso.