No limite, cada activo pode ter um valor diferente para cada indivíduo.
Quando todos os indivíduos livres interagem de forma livre em um mercado, vendendo e comprando um activo pode-se chegar a um preço do dito activo em cada momento. Este preço em cada momento é sempre especulativo. Porquê?
Um activo tem o valor para um indivíduo que depende das suas expectativas de extracção de valor do mesmo. É uma especulação. Especulação feita pelo indivíduo, que pode ser mais ou menos fundamentada, o que é indiferente. Para o bem ou para o mal é da responsabilidade do indivíduo que a especula.
Uma acção de uma empresa é um activo. Dependendo da acção em concreto dá uma série de direitos sobre as decisões da empresa e sobre os dividendos a serem partilhados. Estes títulos são transaccionáveis. O valor de uma acção em dado momento não é dado por uma entidade chamada "bolsa". É dada pelo valor a que é possível a um indivíduo comprar ou vender essa acção em dado momento no mercado especializado neste tipo de activos - as bolsas de valores.
O mercado destes activos, cujo preço não está regulado (thank god), é o resultado da especulação brutal. Porque uma acção é valorizada, no limite, de forma diferente por cada indivíduo. E que isto seja assim, faz sentido. Porque cada indivíduo, no limite pode esperar valores diferentes dos demais em relação aos rendimentos futuros de uma empresa, ao valor futuro de transacção e valor da influencia de decisão na mesma empresa.
Quem acha que uma acção em particular está barata deve comprar. Quem acha que uma determinada acção está cara deve fazer uma venda (possível mesmo sem deter acções). É fácil. É só especular. Se tiver razão ganha, se não, perde.
Isto é o terror do planeador central. Do iluminado que pretende saber melhor que todos os outros o que é certo e o que é errado para todos os outros. Especialmente se este planeador central perder dinheiro cada vez que se engana sobre aquilo que os outros acham que é melhor para si próprios.