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2008/02/27

Pela despenalização da corrupção desportiva


Apesar de todos os protestos e acusações de arbitragem tendenciosa, cada vez que o Benfica mete os pés em campo, aceita automaticamente a legitimidade das regras da Liga de Clubes. Confia que esta é a principal competição portuguesa, que os clubes que nela participam são os fiéis representantes do melhor futebol português, e que os órgãos por eles eleitos têm todo o interesse em investigar e fazer desaparecer casos de má arbitragem.

Se não é este o caso, então a Liga de Clubes não é a fiel confederação do melhor futebol português, e poderá existir, nada o impede, uma outra competição mais importante que o Benfica poderá disputar. Que crie outro torneio com outros clubes que não se reconhecem na Liga, e que alegue ser esta a fiel representação do melhor futebol português, que reúna os patrocinadores e que comece o jogo. Os apreciadores de futebol saberão reconhecer a verdadeira competição, assim como o flagrante da má arbitragem, e o gosto pelo desporto continuará.

A Liga de Clubes perderá credibilidade em detrimento da nova. A corrupção auto-regula-se sem necessidade de criminalizar a corrupção na arbitragem. A corrupção também se auto-regula na medida em que o dinheiro gasto a corromper os árbitros é perda de recursos. Os clubes que concorrem numa liga menos corrupta tendem a libertar menos recursos para alocar em meios desportivos.

Que não peça que o governo interceda para mediar uma disputa legal, que nem legal deveria ser. Trata-se de uma luta pelo esclarecimento das regras do jogo que os próprios clubes de futebol definiram. Quando jogo ao King, e começa-se a discutir se o Rei de Copas tem de ser baldado na primeira vasa, não chamamos a Maria José Morgado para mediar a discussão. Os contribuintes portugueses, muitos dos quais não gostam de futebol, não têm que financiar a dispendiosa investigação que envolve os mais altos cargos do ministério público.

É só uma porcaria de um jogo, porra!

2007/07/25

Apito Dourado


Vamos resumir isto em 10 linhas, que esta gente não tem tempo para seguir telenovelas.

Eis Maria José Morgado, a nova justiceira do povo. Uma burocrata de Lisboa, com um batalhão de investigadores a seu serviço. Todos pagos pelo contribuinte português. Abre e reabre processos arquivados. Com base em livros especulativos (Eu, Carolina). Com base em depoimentos encomendados pelo principal interessado na condenação do arguido. E vamos então chamar os senhores pelos nomes. Luís Filipe Vieira é o principal interessado na condenação de Pinto da Costa, ou em alguma sanção ao FCP. Assim, faz todo o sentido que comparticipe com 20.000 € a viabilização da obra pela editora D. Quixote. Quem o diz é a irmã da própria ex-namorada do Pinto da Costa, Carolina Salgado, interessada em denegrir a imagem do ex-companheiro a qualquer custo. Gasta-se milhões aos contribuintes para dar uma chance a um clube lisboeta que ganha um campeonato a cada 12 anos.