2008/04/21
2008/03/11
Da acção colectiva financiada por dinheiros públicos
Apoio à ministra abre guerra nas associações de pais Castela foi ainda mais longe, sugerindo que essa alegada postura poderá de alguma forma ser compensada pela tutela: "Não percebemos como foi possível haver transferências [de dinheiro] do Ministério da Educação para a Confap em Abril e Maio, quando esta só aprovou os mecanismos que permitiam essas transferências na Assembleia Geral de Setembro", contou. "Não percebemos também porque o Ministério ainda não se pronunciou, nem pediu um inquérito, sobre o facto de ter havido um desfalque de 60 mil euros na Confap, que terá sido cometido pelo tesoureiro, já afastado".Pela mesma lógica, pode-se inferir que quando a CONFAP discordava das políticas ministeriais tudo não passava duma luta para obter mais fundos?
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Carlos Guimarães Pinto
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2008/01/07
O poder democrático do meu clube foi ignorado
O liberalismo tuga começou o novo ano de 2008 confundido.
Enquanto no próprio primeiro dia do ano proclamava o Dia da Liberdade, e louvava a canção do amanhã feito presente, bastaram quatro dias para proclamar solenemente a morte da Democracia.
Afinal, a tal de democracia que ainda há tantos dias prestava serviços e préstimos tão úteis e defensáveis na causa do aborto e na causa materializada na nova lei do tabaco, deixou de agradar.
Aparentemente a tal da democracia, a boa, que permitia determinar o que era vida humana com direito a personalidade jurídica e protecção pela lei, e que era boa para determinar o que é que cada um pode ou não deixar fazer na sua propriedade a pessoas que avisadamente lá entram, agora, aqui d'el-Rei porque decidiu determinar por lei o que é um partido político e as regras verificáveis da continuidade da sua existência e reconhecimento legal.
Está o caldo todo entornado.
Parece que por um lado, aprovar uma lei que viola a opinião e os interesses legítimos de milhões de fumadores e proprietários de estabelecimentos comerciais, não tem problema. Impor por via da fiscalidade (e do peso da Lei) a uma larga faixa dos portugueses o patrocínio dos seus impostos a uma prática que consideram imoral e/ou socialmente irresponsável, não fez desviar uma linha os tais liberais tugas das suas causas de eleição. Mas agora, uma decisão também ela democrática e seguindo aparentemente todas as regras instituídas, e que afecta na prática pequenos partidos, alguns dos quais com existência puramente fictícia e dificilmente distinguível de um grupo de carolas que se juntam de vez em quando para uma almoçarada, e que no cômputo geral dos afectados atingirá menos pessoas do que as que caberão num estádio de futebol em jogo importante, isso sim, já é grave.
O que me parece é que afinal são estes auto-proclamados democratas que não percebem a Democracia.
Eu compreendo a dificuldade que o MLS, ao longo dos quase três anos da sua existência, tem tido para demonstrar níveis mínimos de credibilidade, relevância e substância política. Compreendo que, devido a esse facto, os números de filiados e simpatizantes não abundem, e que a perspectiva de sequer formalizar a associação como partido, quanto mais garantir a sobrevivência de acordo com a lei actual, pareça aterradoramente distante. Mas, face à conduta adoptada no passado, não me parece viável que a causa agora descoberta venha a granjear grande simpatia, por mais que possa ser defensável em termos de Liberalismo. É que cheira a oportunismo de causa própria, e tresanda a hipocrisia face aos exemplos dados num passado bem recente, alguns até frescos de alguns dias.
Hipocrisia que transparece na transcrição no referido artigo do poema do pastor Martin Niemöller. É que, como bem ironizou o "nosso" Carlos nos seus comentários, faltam lá as primeiras estrofes:
Quando vieram para os fumadores,
permaneci em silêncio,
não era fumador
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2007/10/19
É isto a Liberdade (2)
Liberdade sim, mas com juizinho, parcimónia, e na devida conta:
Free Speech Zone
Free speech zones (also known as First Amendment Zones, Free speech cages, and Protest zones) are areas set aside in public places for political activists to exercise their right of free speech in the United States. The First Amendment to the United States Constitution states that "Congress shall make no law... abridging... the right of the people peaceably to assemble, and to petition the Government for a redress of grievances." The existence of free speech zones is based on U.S. court decisions stipulating that the government may regulate the time, place, and manner—but not content—of expression.
[...]
The most prominent examples are those created by the United States Secret Service for President George W. Bush and other members of his administration. While free speech zones existed in limited forms prior to the Presidency of George W. Bush, it has been during Bush's presidency that their scope has been greatly expanded.
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2007/08/28
Com um tipo chamado David e outro chamado Adam, estavam à espera de quê?
Conheceram-se em 1750, David Hume tinha então 39 anos e Adam Smith 27, e permaneceram amigos íntimos até ao final da vida - Hume faleceu em 1776, Smith em 1790.
A maior parte dos meus leitores já compreendeu onde vai desembocar a minha tese.
Durante os 26 anos que conviveram desde 1750 até à morte de Hume em 1776, Hume e Smith frequentaram os mesmos círculos literários, viajaram juntos e, sobretudo, moveram continuamente influências um em favor do outro, quer com o objectivo de favorecerem as suas respectivas reputações literárias, quer com o objectivo de conseguirem posições públicas de relevo. Quando Smith publicou o seu primeiro livro, A Teoria dos Sentimentos Morais, foi Hume que preparou o terreno e assegurou a boa receptividade da obra, escrevendo depois a Smith orgulhoso do seu trabalho. A carta denota uma cumplicidade entre ambos que não seria de esperar nos padrões formais da época.
Esta forma isolada e protegida da sociedade de agir e de manipular influências é bem conhecida, e não é de estranhar que muitas das teses que defenderam, relativamente à religião ou ao individualismo como motor de uma economia de mercado, fossem posteriormente adoptadas sem reservas pelos ideólogos do neoliberalismo que lhe sucederam.
A minha tese é a de que Hume e Smith eram judeus na clandestinidade. Apesar da informação anterior, eu não me sinto ainda capaz de confirmar - e muito menos infirmar - esta tese. Porém, se a tese vier a ser confirmada, eles podem bem ter estado no centro do primeiro lobby judaico da era moderna, bem como terão estabelecido as bases sobre a qual os ideólogos judaicos do neoliberalismo explanaram as suas teses.
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2007/08/08
Won't the real US Treasury Department please stand up?
The Chinese government has begun a concerted campaign of economic threats against the United States, hinting that it may liquidate its vast holding of US treasuries if Washington imposes trade sanctions to force a yuan revaluation.As megalomanias do passado, da rotativa sempre à mão, do apelo à dívida para sustentar o Big Spend e toda a máquina estatal americana começar a dar os seus resultados e a fazer temer o pior. O resto dos dados, a acrescentar ao problema da bolha do crédito em curso, não são nada animadores (antes pelo contrário). Veja-se (falam por si) as evoluções das cotações das principais moedas de referência em termos de reserva de moeda, do ouro, e da participação estrangeira na dívida (clicar para aumentar):
Two officials at leading Communist Party bodies have given interviews in recent days warning - for the first time - that Beijing may use its $1.33 trillion (£658bn) of foreign reserves as a political weapon to counter pressure from the US Congress.
[...]
Described as China's "nuclear option" in the state media, such action could trigger a dollar crash at a time when the US currency is already breaking down through historic support levels.
It would also cause a spike in US bond yields, hammering the US housing market and perhaps tipping the economy into recession. It is estimated that China holds over $900bn in a mix of US bonds.
"Of course, China doesn't want any undesirable phenomenon in the global financial order," [Xia Bin, finance chief at the Development Research Centre (which has cabinet rank)] added.
He Fan, an official at the Chinese Academy of Social Sciences, went even further today, letting it be known that Beijing had the power to set off a dollar collapse if it choose to do so.
"China has accumulated a large sum of US dollars. Such a big sum, of which a considerable portion is in US treasury bonds, contributes a great deal to maintaining the position of the dollar as a reserve currency. Russia, Switzerland, and several other countries have reduced the their dollar holdings.
"China is unlikely to follow suit as long as the yuan's exchange rate is stable against the dollar. The Chinese central bank will be forced to sell dollars once the yuan appreciated dramatically, which might lead to a mass depreciation of the dollar," he told China Daily.
The threats play into the presidential electoral campaign of Hillary Clinton, who has called for restrictive legislation to prevent America being "held hostage to economic decicions being made in Beijing, Shanghai, or Tokyo".
She said foreign control over 44pc of the US national debt had left America acutely vulnerable.
Telegraph.

Participação estrangeira na dívida

Ouro vs. USD

USD vs. Yuan

USD vs. Libra Inglesa

USD vs. Yen

USD vs. Euro

USD vs. Franco Suíço
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2007/06/28
O obreiro de grandes passos em direcção a um estado policial foi-se
E já foi tarde, quanto a mim. Afinal, o seu curriculum fala por si, naquilo que define um inimigo da Liberdade, que conseguiu transformar porventura um dos países europeus com maior tradição de respeito por esta e pelos cidadão num estado sob vigilância, e onde a marca da subjugação por um estado policial e com tiques totalitários se vai tornando mais distinta a cada dia.
Senão vejamos a herança Blair: as Anti-Social Behaviour Orders (ASBOs para os amigos - e onde o nome diz muito - em que se permitiu ao poder judicial a privação de liberdades e a sanção de comportamentos baseada em princípios de prova de direito civil, e não de direito penal e em juízos abstractos de perigosidade); a possibilidade de deter alguém arbitrariamente durante um período de 28 dias (que, se tivesse vingado a posição do governo seria de 90 dias); a promoção do vigilantismo como mecanismo de segurança; a imposição de um projecto megalómano de cartão de identificação nacional, com informação biométrica, num país sem tradição de identificação civil; a construção de uma massiva base de dados de ADN, englobando informação genética de todos os detidos, mesmo que nunca tenham sido acusados; o ter transformado o Reino Unido no campeão mundial da videovigilância, em que existe uma média de uma câmara por cada 14 pessoas; o ter patrocinado uma intervenção ao nível da cultura do politicamente correcto na publicidade e na actuação dos media, na melhor tradição do nanny state; afinal, last but not least, ter patrocinado e participado numa invasão ilegítima de um país soberano, e contribuído para o descrédito do direito internacional público, promovendo um clima internacional de extremismos e de unilateralismos.
São estas algumas das coisas que se pode agradecer ao senhor Blair e à sua política governativa. Numa sucessão de mandatos pautada por um total vazio de oposição, sustentado em grande reconhecimento do seu carisma e da sua visibilidade mediática, e em que poderia ter feito a diferença tentando herdar da sólida tradição política britânica, foi a este ponto que chegámos.
Assim como Thatcher não acautelou a sua sucessão (mas deixou melhor obra), também Blair sai sem o fazer, promovendo Brown ao estatuto de ser o Major do Labour.
Ontem, o Reino Unido perdeu um inimigo, que deixa marcas difíceis de reverter. Trocou-o por em cenário político em que um Cameron perdido nas suas campanhas de imagem e uns LibDems folclóricos se opõem a um cinzentão de serviço, que faz opor à opulência de carisma do seu antecessor uma imagem desprovida de qualquer gota deste.
Trocou-se a ambição desmedida e perigosa pelo deserto de ideias e de protagonistas. Mas, mesmo assim, parece-me melhor o desfecho.
(Publicado também n'O Insurgente.)
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2007/06/27
Levar umas palmadinhas também irá contra a sua natureza?
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Carlos Guimarães Pinto
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Etiquetas: Acabou-se a festa