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2008/06/02

Manuela Ferreira Leite

Apoiei Passos Coelho pela prespectiva de transformação ideológica que este podia trazer ao PSD. Não ganhou. Ganhou Manuela Ferreira Leite. Parabens e que tenha sucesso no seu mandato à frente do PSD.

Com MFL o PSD ganhou uma líder experiente, séria e credível. Para o português que apenas quer o Estado bem gerido, para o português que procura um líder, Manuela Ferreira Leite será uma forte candidata. Para os militantes do PSD que queriam um líder para ganhar em 2009, tenho a dizer que acho sinceramente que ficaram com a líder certa.

Em 2009 todas as previsões positivas em que ainda se suporta o actual governo já teram sido confirmadas como falsas. O governo já chamou a si a responsabilidade dos resultados de 2007 pelo que não conseguirá passar maus resultados de 2008 e 2009 para o PSD. Em 2009 vão fazer-se contas e nem resultados em crescimento ou emprego nem resultados no corte da despesa. O próximo ano será complicado para Sócrates e terá do outro lado uma adversária que apontará pela diferença as suas várias falhas pessoais. Não vai apontá-las directamente, será suficiente aparecer para que estas diferenças sobressaiam.

O discurso "social" será importante para recolher os votos dos funcionários públicos que desiludidos com o PS de Sócrates nunca votaram em outro partido que não seja o PS ou o PSD. O discurso "social" será importante para a classe média baixa e baixa que procura um líder, alguem que lhes dê respostas. Manuela Ferreira Leite, como Sócrates nas últimas eleições, não precisará de entrar na lógica da discussão de medidas concretas ou em guerras ideológicas. Antes, Sócrates pediu aos portugueses para que o comparassem e aos seus objectivos a Pedro Santana Lopes e ganhou. Manuela Ferreira Leite vai pedir aos Portugueses que a comparem com Sócrates e os seus resultados. E vai ganhar.

O militante típico do PSD escolheu bem. Escolheu uma líder para vencer em 2009. Mais uma vez parabens a Manuela Ferreira Leite e ao PSD.

2008/05/26

Plano estratégico MFL

(...) Ao Estado compete definir o quadro estratégico de desenvolvimento para o País e assegurar as condições para que os agentes económicos possam, com a sua iniciativa e o seu dinamismo, elevar o País a novos níveis de crescimento económico sustentado. (...)
Nós limitamos, taxamos e subsidiamos como entendemos. Mas vocês podem criar e produzir à vontade (sim Filipe, também me fez lembrar uns diálogos de "Atlas Shrugged").

E esta:
(...) Esse objectivo só pode ser atingido se o Estado, em vez de se comportar como um empecilho para as empresas, se empenhar no apoio ao empreendedorismo e à iniciativa privada. (...)
Uma apologia à "boa intervenção" do Estado. Vai continuar a fazer e a acontecer. Mas agora será diferente e para melhor. Agora é que o Estado vai resolver os problemas económicos e logo os problemas sociais.

Os textos foram retirados daqui. Tenho a dizer que no geral fiquei positivamente surpreendido mesmo que estas passagens não sejam as mais "sociais". Votarei no PSD de MFL se esta ganhar. Infelizmente o intervencionimo e dirigismo do Estado com todas as preocupações sociais benfazejas estão lá. Não há uma diferença nos objectivos para o PS de Sócrates. Apenas se propõe a fazer melhor. E não duvido que MFL faria melhor que o Engº Sócrates. Continuo no entanto a preferir uma candidatura que defende a alteração do Estado por princípio e independentemente de contingências e de aspirações "sociais".

Populistas!!!!

Porque é que esta proposta é má?

Não me interessa os nomes que lhe dão. Populista, demagógica ou whatever. O que me interessa é o seu mérito não o seu epíteto.

Qualquer redução de impostos vindo de quem se propõe a cortar a despesa e a reformular as funções do Estado é bem vinda e coerente.

2008/05/20

O liberal social de Passos Coelho

O social do liberal-social é apresentada de duas formas. A primeira por comparação ao liberal- económico, ideias que defendem o direito à propriedade privada, à contratualização e à livre disposição dos frutos do trabalho. A tal liberdade de costumes avessa a conservadores e causa tantas cisões em temas como a IVG, a eutanásia e a contratualização das uniões homossexuais. A segunda apresentação tem a ver com as funções sociais do estado, tem a ver com a defesa da intervenção do Estado em sectores como a Saúde, a Educação e a garantia de redes sociais.

Do que eu tenho lido e ouvido da boca de Pedro Passos Coelho parece-me que este tem sido bastante coerente nesta linha liberal-social. Liberdade de costumes e da disponibilização do próprio corpo. Estado presente nas áreas da Educação e Saúde, embora em concorrência com o mercado.

Não posso dizer que estou de acordo com tudo o que PPC defende. Já acreditei muito mais nas virtudes da intervenção do Estado em sectores como a Saúde ou a Educação, por exemplo. Considerando onde Portugal ainda está hoje e no que acreditam e defendem os outros candidatos, as ideias de PPC estão anos luz mais próximas de aquilo em que acredito do que as alternativas e estão próximas o suficiente do main stream político português para serem aceites em eleições gerais.

2008/05/16

Passos Coelho? (3) - Resolução

Na prática o meu apoio nestas eleições no PSD vale pouco ou nada. Nem sequer militante de base sou. Por outro lado o assumir de um apoio a um político para mim é uma coisa muito importante. Já tinha assumido preferências claras como no caso das últimas presidenciais. Dar o apoio a um político em Portugal nunca. Porquê então alguém tão alheado e com tão pouca importância declarar o apoio à candidatura de Passos Coelho?

O Rui de Albuquerque deu a resposta a esta pergunta:

(...) não devemos deixar de manifestar apoio expresso aos políticos que têm a coragem de defenderem publicamente as ideias em que acreditamos. Não são ideias fáceis de defender. Por outro lado, se os não apoiarmos, não nos poderemos queixar de que as nossas ideias não repercutem na política partidária. (...)
  • Porque de facto as ideias que Passos Coelho tem defendido dificilmente podem ser caracterizadas de populistas. Porque Passos Coelho teve a coragem de as colocar no ar sem “mas” nem pedidos de desculpa.
  • Porque enquanto uns insistem em dar mau nome ao nome liberal e outros se demarcam desta marca Passos Coelho assume-se como tal.
  • Porque alem do título vêm as ideias e a promessa de aposta em projectos e medidas fundamentais para a liberdade de todos e cada um de nós em Portugal.
Dou o meu apoio esperando que em 2009 possa dar o meu voto. Estou farto de votar em males menores.

2008/05/12

Passos Coelho? (2)

Uma coisa é inegável. Pedro Passos Coelho trouxe temas importantes para a discussão política que vai decorrer durante as primárias do PSD. Atrevo-me a dizer que trouxe discussão política de uma forma geral.

As consequências deste movimento podem não ser positivas para quem quer que o PSD ganhe contra Sócrates independentemente de como ou com quem ou com que programa. Este movimento obriga que Manuela Ferreira Leite entre no jogo de discussão de ideias a que se preparava para não entrar. A verdade é que contra Santana Lopes a luta seria um aquecimento para a luta contra Sócrates. O slogan é e seria ou será “Credibilidade”. Manuela Ferreira Leite é mais credível que Santana Lopes e na entrevista dada ao Expresso já adiantava o mote na comparação com Sócrates. Credibilidade é agora, e seria ou será nas legislativas o slogan da campanha.

Eu sou dos que acredita que Sócrates perderia ou perderá contra Manuela Ferreira Leite se o confronto passasse apenas pela habitual cosmética pessoal. Ao ter de discutir políticas concretas, Manuela Ferreira Leite abre o flanco e arrisca-se a ter as hipóteses diminuídas. Por isso é que o facto de Pedro Passos Coelho levar para a discussão ideologia e políticas concretas pode diminuir as hipóteses de vitória do PSD.

Para quem a vitória de um partido, independentemente do que é que esse partido representa nessas eleições, não é um bem em si mesmo. Para quem as ideias e as políticas estão à frente da cor e do símbolo onde se coloca a cruz no dia das eleições o forçar das ideias na discussão é algo extremamente positivo e de saudar. Precisamos muito mais do que a simples mudança de caras.

Neste momento existem boas hipóteses que independentemente de quem ganhe no PSD, que o vencedor o seja apresentando um programa, e não apenas características pessoais. Quem ganha são todos os Portugueses que estarão a votar um pouco menos em personalidades e um pouco mais em rumos para o país.

Quando Pedro Passos Coelho trouxe ideias caras aos que agradecem a redução da colectivização da sociedade e coloca-as na agenda de um dos maiores partidos Portugueses deu um passo que não é pequeno. Pessoalmente agradeço.

Pedro Passos Coelho não é um Ron Paul. Não tem décadas de acções e discursos a provar a coerência das posições actuais. Não deixa de ter o discurso mais lúcido num candidato (a candidato) que ouvi desde sempre em Portugal. O que estou habituado a ouvir são diagnósticos de situação sem a coragem de dar os remédios, a maior parte deles amargos politicamente, nem de os enquadrar ideologicamente. Pedro Passos Coelho está a fazê-lo.

Dito isto, Pedro Passos Coelho ainda não tem o meu apoio, mas está mais perto de o ter do que há uma semana atrás.

2008/05/06

Passos Coelho?

Volto de férias e ouvi falar da candidatura de Passos Coelho. Passei de revista os blogs favoritos.

Depois de ler os excertos da entrevista de Passos Coelho referenciados pelo Adolfo no A Arte da Fuga e por ver o apoio declarado por mais nem menos do que o Rui Albuquerque o mínimo que tenho de fazer é tentar saber mais sobre este candidato. Saber muito mais e rápido.

Ainda é desta que me filio em um partido...