2007/07/03

Relativismo

Não é que não acredite que existam valores morais melhores que outros valores morais. Não consigo é justificar racionalmente e de forma absoluta que os meus valores, ou seja, os valores que eu entendo são os melhores, sejam de facto melhores que outros.

Também neste tema se pode aplicar a "destruição criativa" de Popper. A selecção natural de valores morais que tem sido feita ao longo da História do Homem.

É neste sentido que um relativista pode, sem perder a coerência, "lutar" pelos seus valores morais. Pode não, deve.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tambem neste tema se pode aplicar a "destruição criativa" de Popper. A seleção natural de valores morais que tem sido feita ao longo da História do Homem. - Ricardo Francisco

Concordo em absoluto. Mesmo que o relativismo me suscite dúvidas, a verdade é que não há nenhuma incompatibilidade entre o mesmo e a defesa de certos valores que se tem por bons ou melhores. A perspectiva evolucionista dos valores, para além de um dado histórico, permite, como bem dizes, explicar a defesa de valores morais por parte de um relativista. No séc. XVII, a honra era um dos principais bens morais: justificava que os homens preferissem morrer a ficar a dita manchada. Hoje, parece estúpido e quase incompreensível. Mas nem por isso a consciência de que daqui a duzentos anos muitas coisas serão ridículas impede alguém de lutar seja por que valor for.

FMS disse...

Selecção já não leva c?

Ricardo G. Francisco disse...

Caro FMS,

Obrigado pelo contributo. Cada um dá o que pode e a mais não é obrigado.

Editado com a correcção. Aproveitei para corrigir o "Também"...