2007/06/08

Sindicatos e a família

Há algum tempo atrás defendi que a família, instituição, acaba por ser prejudicada pelos seus aparentemente maiores defensores. Ao introduzirem na esfera estatal a família, estão lentamente a matar esta instituição. Pode e deve fazer-se um raciocínio semelhante com os sindicatos.

Os sindicatos, ou a sindicação de interesses de um grupo unido por relações laborais, como associação livre podem ser muito úteis para uma economia, para um sector económico, ou no limite para uma empresa. Diminuem os custos de negociação por exemplo. Diminuem os custos de captura e disponibilização de informação (o que é importante para um grupo de trabalhadores). Da mesma forma que os trabalhadores não deviam ver como inimigos as empresas, as empresas também não devem ver como inimigos os seus trabalhadores.

Os sindicatos começaram a morrer com a evolução da doutrina marxista-leninista. A visão dos sindicatos como meio para a revolução proletária implicava o controlo dos sindicatos pelos partidos marxistas. Os sindicatos deixaram de ser representantes dos trabalhadores e passaram a ser representantes dos partidos políticos marxistas-leninistas. Deixaram de defender os interesses dos trabalhadores e passaram a defender a “revolução inevitável”. Não é uma surpresa de que os trabalhadores que não se revêem nestes partidos também não se queiram associar a esses sindicatos. E que quanto menor a expressão desses partidos menor a relevância dos sindicatos. É de lamentar que os partidos que comunicam maior proximidade aos sindicatos de trabalhadores sejam os que mais se empenhem em matar a sua utilidade.

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