Frases que costumamos ouvir sobre a imigração
1. Os imigrantes tiram-nos postos de trabalho.
De longe o argumento mais comum, e também o mais falacioso. No caso de bens exportáveis, ao não possibilitar à indústria a opção de poder recrutar imigrantes mais baratos, estar-se-à a condená-la a dois cenários possíveis: mudar toda a estrutura produtiva para os países onde possam aceder a essa mão-de-obra barata ou mais cedo ou mais tarde, ir à falência. De qualquer das formas, os postos de trabalho desaparecem. Nos casos em que os bens não sejam exportáveis (um café ou um restaurante), a poupança realizada no baixo salário pago ao imigrante fica toda em território nacional, seja no proprietário, seja no consumidor. Em termos líquidos nada se perde, pelo contrário.
2 . Os imigrantes são free-riders dos nossos serviços de saúde, das nossas estradas, dos nossos parques e da nossa educação.
O problema está na forma como se fornecem estes bens e não nos imigrantes em si. Se virmos o reverso da medalha, os nossos teatros, os nossos supermercados ou as nossas lojas lucram mais com a presença de imigrantes, via uma expansão da procura. De certeza que o merceeiro de Vila Rei ficará tanto mais contente quanto maior o número de brasileiros que lá se estabelecerem. Ora se a iniciativa privada consegue absorver com agrado os fluxos de imigração, então o mais provável é que o problema esteja na forma como se prestam os referidos serviços e não nos imigrantes
3. Os imigrantes sofrem dificuldades de integração.
Isto só acontece porque caímos no exercício fútil de tentar integrá-los. O caso do uso do véu em França é paradigmático. Houvesse um sistema de ensino descentralizado, numa lógica de mercado e haveriam escolas para muçulmanas que não querem tirar o véu. Da mesma forma, quanto mais liberal for a lei a nível dos comportamentos individuais, mais suave será o processo de diluição de um imigrante na sociedade. Se o estado não se colocar no papel do integrador, não tem de assumir responsabilidades nas falhas de integração, nem proporcionar regimes de excepção, atenuantes ou apoios de nenhuma ordem aos imigrantes desintegrados.
Bem vistas as coisas, é a intervenção do estado, desde a imposição de limites à imigração, à provisão de bens públicos, e à legislação de medidas “pró-integração”, que transforma o que seria uma afectação racional e eficiente de recursos, num problema sem solução.
De longe o argumento mais comum, e também o mais falacioso. No caso de bens exportáveis, ao não possibilitar à indústria a opção de poder recrutar imigrantes mais baratos, estar-se-à a condená-la a dois cenários possíveis: mudar toda a estrutura produtiva para os países onde possam aceder a essa mão-de-obra barata ou mais cedo ou mais tarde, ir à falência. De qualquer das formas, os postos de trabalho desaparecem. Nos casos em que os bens não sejam exportáveis (um café ou um restaurante), a poupança realizada no baixo salário pago ao imigrante fica toda em território nacional, seja no proprietário, seja no consumidor. Em termos líquidos nada se perde, pelo contrário.
2 . Os imigrantes são free-riders dos nossos serviços de saúde, das nossas estradas, dos nossos parques e da nossa educação.
O problema está na forma como se fornecem estes bens e não nos imigrantes em si. Se virmos o reverso da medalha, os nossos teatros, os nossos supermercados ou as nossas lojas lucram mais com a presença de imigrantes, via uma expansão da procura. De certeza que o merceeiro de Vila Rei ficará tanto mais contente quanto maior o número de brasileiros que lá se estabelecerem. Ora se a iniciativa privada consegue absorver com agrado os fluxos de imigração, então o mais provável é que o problema esteja na forma como se prestam os referidos serviços e não nos imigrantes
3. Os imigrantes sofrem dificuldades de integração.
Isto só acontece porque caímos no exercício fútil de tentar integrá-los. O caso do uso do véu em França é paradigmático. Houvesse um sistema de ensino descentralizado, numa lógica de mercado e haveriam escolas para muçulmanas que não querem tirar o véu. Da mesma forma, quanto mais liberal for a lei a nível dos comportamentos individuais, mais suave será o processo de diluição de um imigrante na sociedade. Se o estado não se colocar no papel do integrador, não tem de assumir responsabilidades nas falhas de integração, nem proporcionar regimes de excepção, atenuantes ou apoios de nenhuma ordem aos imigrantes desintegrados.
Bem vistas as coisas, é a intervenção do estado, desde a imposição de limites à imigração, à provisão de bens públicos, e à legislação de medidas “pró-integração”, que transforma o que seria uma afectação racional e eficiente de recursos, num problema sem solução.
1 comentário:
Caro Terramann,
Não encontro razões para que um empregador prefira imigrantes mais caros a nacionais mais baratos se ambos tiverem exactamente as mesmas qualificações.
cumps
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