2006/04/25

Utopias de Abril

O estado deixar de uma vez por todas de esbanjar o nosso dinheiro a ser ineficiente, mau gestor, corrupto e eleitoralista. Acabar com os seus institutos, e com os inúteis estudos que neles se fazem, as consultorias e pareceres dos amigos, os repugnantes sacos azuis, os órgãos de gestão deficientes, as rotundas alienígenas que nascem por todo o lado, os eventos de afirmação nacional, as deduções à colecta, o Serviço Nacional de Saúde, a Segurança Social, a OTA, o TGV e todas as inúteis obras públicas, os subsídios às actividades económicas moribundas, os subsídios às empresas estrangeiras, aos jovens empresários e às energias renováveis, os subsídios a filmes que ninguém vê tirando os amigos do Paulo Branco, as golden-shares, os gabinetes e repartições de inspiração kafkiana, os impostos disparatados sobre o consumo, os proteccionismos económicos e toda as restrições à liberdade de mercado e de circulação de bens, serviços e capitais. Que tenha a dignidade de não demorar 7 anos a julgar processos judiciais, que não esteja aberrantemente imiscuído na justiça, que páre de nos tratar como ignorantes votantes com os seus marketings e timings políticos e com as nomeações disparatadas dos seus camaradas, amigos e familiares mais incompetentes para cargos públicos, que tenha a humildade de perceber que é um assalariado ao serviço dos cidadãos e não um iluminado decisor. Que perceba finalmente o direito de cada um a escolher o seu modelo de educação, de saúde, de desenvolvimento económico e de afirmação pessoal, que acabe com a hipocrisia das leis de proibições ao consumo, do aborto, e das preferências sexuais de cada um e já agora, que me deixe fumar uns cigarrinhos à mesa de vez em quando.

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