2009/05/23

Major Marinho Pinto

Sobre a "entrevista" que MMG deu a MP (Marinho Pinto, não Ministério Público...), ocorre-me dizer isto

- Acho delicioso ao que se presta MMG. Tenho de concordar que aquilo não foi bem uma entrevista mas antes um combate de boxe. Muito longe de censurar o jornalismo que MMG faz, devo dizer que ser figura pública com responsabilidades públicas (principalmente qdo se defende uma classe) tem destas coisas: está sob escrutínio. Pelo menos, MP não parece andar a processar ninguém. A ver vamos.

- MP lembra-me Valentim Loureiro. Ao princpio (tinha eu quê? 13 anos...?) achava que quem fala assim, num tom moralistico-assertivo-autoritário, não pode ter nada a esconder. É o verdadeiro herói popular, o verdadeiro Zé do Telhado sec XX/XXI. O problema são depois os frigoríficos.

- como sumariza AAAlves:
acto I (21.05.2009): "Vice-presidente de Lisboa da Ordem dos Advogados diz “basta” a Marinho";
acto II (23.05.2009): "Marinho Pinto anuncia proposta para extinguir Conselhos Distritais".

- por fim, relembro que um dos papéis fundamentais da comunicação social é colocar sob escrutínio a democracia, dado que os restantes cidadãos delegaram esse papel (parcialmente) nela própria. Claro que daria jeito que a Justiça funcionasse bem. É nesse sentido que tanto aprecio o papel de MMG como não recomendo a forma como conduz as "entrevistas". Dado que, felizmente, valorizo bem mais conteúdo do que forma, não há propriamente um empate ou conflito interno.

- usando uma das minhas expressões favoritas: caro Marinho Pinto, é a vida. A minha segunda expressão favorita, que só funciona em inglês, é esta: "just dream and entertain". Também se aplica neste caso.

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