2009/04/12

genéricos e dress-codes

Do Portugal medíocre:

1. João Cordeiro, da ANF, é o exmeplo máximo de como um sector pode ser de tal forma organizado e eficiente que consegue fazer frente a um Governo. É o lobbying por excelência que se for preciso nem depende do Estado. Oxalá todos os sectores económicos tivessem esta organização. Não têm razão quanto à questão dos genéricos porque farmaceutico e médico são agetes com papeis bem distintos e uns não substituem os outros. Mas é exactamente por estes casos que admiro o sector das farmácias. Eles têm poder a mais, notoriamente, e por este andar ainda aparece o Provedor do Medicamento -- mas ninguém pode censurar quem defende a sua casa.

2. Às vezes acho que o pior que podia ter acontecido à esquerda poética (principalmente aqueles que nunca fizeram nada na vida senão depender de lugares públicos) foi o 25 de Abril. O problema é que ficaram sem causas e agora têm de andar atrás de picuinhices para terem razão de viver. Manuel Alegre é representativo da esquerda poética: acha que impôr, numa empresa, um dress-code, ainda que na Loja do Cidadão, “é uma coisa de cariz fascizante, totalitário, contra a liberdade individual”. Se fosse ao contrário (e.g., as senhoras são forçadas a ir de grandes decotes e mini-saias) até perceberia. Mas não é. Pelo que li, são recomendações nrmalíssimas de um traje formal de trabalho normalíssimo em qualquer empresa normalíssima que não seja uma casa de massagens tailandesas.

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