2009/01/11

o self-interest do paulo branco

Ando divertidíssimo a acompanhar o debate sobre o Paulo Branco e os bilhetes de cinema grátis da Zon. Advirto desde já que não sei mais od que aquilo que fui lendo nos blogs. E, neste contexto, acho divertidíssimo os cerrados ataques ao homem quando ele apenas usou um dos pilares do mercado livre, independentemente de ter sido inteligente ou não (pelas minhas contas, já perdeu para cima de 3 clientes). Esse pilar é o 'self-interest'. Da parte do regulador, não vejo bem que alternativas ele teria.
Leio este caso da seguinte forma:

acto I. Paulo Branco, enfurecido pela dimensão das "borlas" da Zon, queixou-se ao regulador, no seguimento do elementar raciocínio "se nada fizer, a Zon prossegue; se enviar uma cartinha, só gasto o 'selo'". É difícil escolher?

acto II. O regulador recebe a queixa e faz umas contas muito simples: o mercado são 14 milhoes de bilhetes, a Zon iria inundar o mercado com 50 milhões. Mas alguém no seu perfeito juízo, no papel de regulador e colocado o problema desta forma (reguladores à parte) não deliberasse como o fez?

Independentemente de como o 'filme' se desenrolou, há pontos assentes que me parecem igualmente elementares:
- o facto de Paulo Branco ser o campeão dos subsídios em rigorosamente nada melindra o direito que ele tem de se queixar ao próprio Estado que o subsidia
- e muito menos as tais dívidas aos Estado
- deve haver muita gente (tirando certos cliente Zon) que acha que o Paulo Branco é uma espécie de herói. Não deveria haver muita gente consciente do rácio 14/50.

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