2008/05/21

Taxiconomics (2)

Seguindo o mote de Joaquim no Portugal contemporãneo...

Dentro do paradigma actual o problema do mercado de serviço a Táxi é complexo. Podia ser de muito simples resolução, mas com o actual paradigma não é.

Hoje a estrutura de custos dos taxistas está em mercado aberto e concorrencial (tanto quanto é possível em Portugal), porém a estrutura de receitas é completamente regulada. Adicionalmente existem barreiras legais à entrada na oferta, que tanto quanto sei são fracas e poucas barreiras à saída dado que o activo principal é bastante transaccionável.

Dentro do paradigma actual o Estado tem de facto de ter em atenção à estrutra de custos do sector já que regula aos preços. Se a estrutura de custos se altera significativamente tem duas soluções. Ou repercute nos preços regulados ou tenta mitigar o impacto na estrutura de custos. Isto assumindo que quer manter o status quo de rentabilidade e de volume de oferta no sector.

Se não mexer nas variáveis de custos que controla(IA, IVA, ISP, PEC, IRC) nem nas tabelas de preços o que irá acontecer naturalmente será que o volume de oferta irá diminuir. Menos táxis e menos taxistas nas ruas.

Diminui receitas, aumenta preços de Táxis ou vê o sector a contrair. Nenhuma alternativa simpática.

A alteração de paradigma é simples. Porque não liberalizar os preços? Até pode deixar uma agência certificadora pública, a que cujos aderentes se comprometem a determinado nível de serviço e preços. Mas opcional. Os taxistas podem optar e os clientes também poderão optar. Se a estrutura de custos se altera-se o mercado adaptarse-ia, sem necessidade de intervenção do estado.

Nada disto é revolucionário e simplifica todo o problema. Basta mudar de paradigma. Em vez de perguntarmos o que é que o Estado deve fazer, devemos perguntar o que é que o Estado deve deixar de fazer.

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