2008/03/03

Porquê ter algodão quando podes ter seda?

As mulheres estão a recorrer menos à pílula do dia seguinte desde Julho, quando foi legalizada a interrupção voluntária da gravidez, segundo dados de uma consultora, que apontam para menos 7000 caixas vendidas no último semestre de 2007. Pela primeira vez, o consumo anual da pílula de emergência diminuiu em Portugal, invertendo uma tendência que se vinha a verificar nos últimos quatro anos.

Público Última Hora.
Mais uma vez, o argumento da treta da "informação" sai contradito pela realidade. Mais uma vez se verifica que as alterações circunstanciais, quando são no sentido do facilitismo e e do laxismo, se propagam rapidamente.

Assim como entrou rapidamente (em moldes de autêntico case study) nos hábitos contraceptivos portugueses, a pílula do dia seguinte, com reconhecidos efeitos secundários desagradáveis (entre os quais o ter de se pagar, na sua variante não comparticipada, uns bons €10) sai deste modo também rapidamente da pratica quotidiana.

Afinal, quem é que vai pagar os €10 euros (já por si irresponsáveis) pelo uso sistemático e como contraceptivo da pílula do dia seguinte quando pode, caso a coisa se confirme como tendo efectivamente "dado para o torto", tomar outro comprimido que o estado até lhe faculta de borla e em regime de via verde?

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