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O Estado tem dois tipos de poder à disposição, o infra-estrutural (o intervencionismo económico) e o coercivo (o exercício da violência). Querer um Estado pequeno não pode ser querer acabar com um desses poderes enquanto se aumenta exponencialmente o outro. E, se não temos provas que a forte diminuição do poder coercivo leve ao aumento do poder infra-estrutural, é um facto que o inverso é verdadeiro.
Mecanismos básicos de protecção social podem ser bons mecanismos para manter o Estado controlado debaixo de certos limites. Como resultado não perceberem isto os anarco-libertarianos, que supostamente são os únicos liberais a sério, os puros, acabam defendendo governos hiper-intervencionistas que fazem aumentar enormemente o peso do Estado, não só por se imiscuir em questões de moral privada, como por aumentarem os gastos militares e policiais.
Igor Caldeira, no sítio do costume (com negritos meus).
2 comentários:
Presumo que a ausência de comentários seja sinal de que é óbvio para todos aquilo que não é difícil perceber: os libertarianos são conservadores em estado infantil. É isso que os leva a, incoerentemente, pretenderem que o Estado não seja nada (inclusivamente com casos aberrantes como, no limite, que contrate a empresas privadas o policiamento; ou que criem PPP para as prisões; ou que subcontratem os serviços de informação)mas depois alegremente achem normal o Estado impôr preceitos religiosos e conceitos morais particulares aos cidadãos.
Não é difícil perceber a contradição. Pelo menos para quem está fora dela, a imbecilidade é clara. Para quem é objecto da observação, admito, talvez seja mais complexo entendê-lo.
O post do Igor pareceu-me bastante estruturado e claro. Vejo que, para além de etiquetas estereotipantes, não tem qualquer critica a apontar.
Eu também não.
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