2007/08/02

O Paizinho Faliu

A maioria dos eleitores portugueses, independentemente da cor partidária, está contaminado pela crença nas virtudes divinas do Estado. O governo regula e interfere em assuntos privados? Não faz mal, é para isso que serve o Estado, para nos aliviar desse imenso fardo chamado “responsabilidade individual”. O governo conduz a nação com políticas colectivistas? O Estado tem que zelar pelo bem comum, nem que isso implique sacrificar o orçamento de alguns (muitos) cidadãos, ou mesmo devassar-lhes a vida privada e arrestar o outro fardo, a “liberdade individual”. Com um ambiente destes, ninguém se pode surpreender com a boa receptividade a essa coisa das “políticas de natalidade”. Lembrar que o Estado “dá” x, depois de tirar 2x, gastando o restante na Máquina, é inútil. Estamos a lidar com Fé, e a Fé não se discute.
A ler, pelo Carlos Miguel Fernandes, no No Mundo.

3 comentários:

Rouxinol disse...

A propósito das virtudes do Estado, será que deveria ser ele a criar a moeda?

Anónimo disse...

JLP, obrigado pela referência. Mas o texto já está datado; com este governo todos os dias descobrimos coisas novas.
"Este Decreto-Lei, aprovado na generalidade para consultas, visa estabelecer os princípios do Sistema de Regulação de Acesso a Profissões que, por razões de interesse colectivo ou por motivos inerentes à capacidade do trabalhador, obrigam a restringir o princípio constitucional da liberdade de escolha de profissão, regulando as estruturas responsáveis pela sua preparação, acompanhamento e avaliação."
Incrível! A Constituição já é débil, mas agora nem os seus princípios são respeitados.

Filipe Brás Almeida disse...

Romans Chapter 13, verses 1-7