2007/07/25

Apito Dourado


Vamos resumir isto em 10 linhas, que esta gente não tem tempo para seguir telenovelas.

Eis Maria José Morgado, a nova justiceira do povo. Uma burocrata de Lisboa, com um batalhão de investigadores a seu serviço. Todos pagos pelo contribuinte português. Abre e reabre processos arquivados. Com base em livros especulativos (Eu, Carolina). Com base em depoimentos encomendados pelo principal interessado na condenação do arguido. E vamos então chamar os senhores pelos nomes. Luís Filipe Vieira é o principal interessado na condenação de Pinto da Costa, ou em alguma sanção ao FCP. Assim, faz todo o sentido que comparticipe com 20.000 € a viabilização da obra pela editora D. Quixote. Quem o diz é a irmã da própria ex-namorada do Pinto da Costa, Carolina Salgado, interessada em denegrir a imagem do ex-companheiro a qualquer custo. Gasta-se milhões aos contribuintes para dar uma chance a um clube lisboeta que ganha um campeonato a cada 12 anos.

3 comentários:

Zé Bonito disse...

Então, o processo "Apito Dourado" não é anterior ao livro da dona Carolina? Já agora: o "contribuinte" deve ser o primeiro interessado em "contribuir" para que sejam desvendados e desmontados "mistérios" como o do dinheiro que circula no nosso futebol. Aquilo que o "contribuinte" não tem que pagar, são estádios de futebol para entidades privadas, como é o caso de todos os grandes clubes cá do "burgo".

Pedro disse...

Ela e seus megaprocessos não são mais que uma versão ex-cubana e mal aburguesada de uma péssima novela judicial.

Anónimo disse...

Plenamente de acordo com o post. Gastar rios de dinheiro com crimes com penas até três anos tem como consequência a desmobilização de meios para a investigação de crimes bem mais graves. E isto ao arrepio da lei de política criminal que era suposto definir as prioridades de investigação. Como é normal neste país, deu-se carta branca a um D.Sebastião e agora a Justiça terá de ter a sua Alcácer Quibir. Mesmo que, por milagre, a investigação seja bem sucedida, nada justifica dois anos de gasto de dinheiros públicos com trivialidades como o jogo do Nacional-Benfica.