2007/06/18

Pelo financiamento privado dos partidos (3)

Porque o financiamento privado é livre e o financiamento público é forçado.

Não há memória de indivíduos que tenham contribuído para um partido à força e há muito poucos que contribuem para os fundos públicos de livre vontade.

6 comentários:

AchaMesmo? disse...

"Não há memória de indivíduos que tenham contribuído para um partido à força"

Se por "à força" se refere a terem sido amarrados a cadeiras e torturados até lhes tirarem os cheques, de facto não há memória. Por outro lado, se interpretarmos a expressão no sentido de "contrafeitos" ou "a contragosto" ou "forçados pelas circunstâncias", eu diria que é todos os dias, a todas as horas, em todas as Câmaras deste país.

Ricardo G. Francisco disse...

Gerencia,

Estamos de acordo portanto em acabar com os licenciamentos?

AchaMesmo? disse...

Estamos de acordo em estabelecer regras simples, objectivas e inteligíveis, obviamente.

Ricardo G. Francisco disse...

Atrás de uma regra simples vem outra. E outra e outra. E depois outras para enquadrar as regras. E outras para definir as excepções às regras. E depois ainda outras a dar poderes para se alterarem as regras ad-hoc.

Repare, não sou anarquista, nem me revejo no anarco capitalismo. Mas já é altura que de se começar a reconhecer que são as regrras que dão um poder discricionário e sem responsabilidade aos agentes do estado que possibilitam a corrupção.

Em vez de se limitarem esses "ângulos", torna-se o financiamtno público. Tenta-se parar o roubo dando dinheiro aos ladrões.

AchaMesmo? disse...

Argumento falacioso.
Defendo regras simples, claras e objectivas.
Evidentemente, haverá sempre divergências na interpretação/aplicação, pelo que é inevitável uma margem de discricionariedade - como aliás sucede em qualquer actividade.

Saliento que não tenho certezas dogmáticas sobre a melhor forma de financiamento dos partidos - apenas prefiro que numa discussão se utilizem argumentos válidos.

Ricardo G. Francisco disse...

Gerencia,

Point taken. Erro meu de não distinguir um visitante sério.

Por essa discricionariedade ser inevitável é que é preferível limitar ao máximo as regras. O custo da implementação e da imposição das regras, além de limitarem a liberdade, eliminam o seu próprio fim utilitário. Não defendo isto como regra absoluta...