2007/05/18

O reequilíbrio orçamental não está a ser feito pelo lado da receita

O défice do subsector Estado baixou 4,9 por cento nos primeiros quatro meses do ano, com as receitas a crescerem mais do que as despesas, de acordo com a execução orçamental hoje divulgada pela Direcção-Geral do Orçamento.

[...]

A justificar esta melhoria esteve um crescimento de 7,9 por cento das receitas, sobretudo à custa da subida das receitas fiscais (6,2 por cento), que ajudaram o Estado a arrecadar mais 830 milhões de euros de receitas totais.

Este aumento das receitas permitiu mais do que compensar a subida de 5,4 por cento das despesas (...)

Público Última Hora.

3 comentários:

Anónimo disse...

Há um engano no título do post. Devia ser "pelo lado da despesa".

Ainda mais interessante é o facto de as receitas fiscais crescerem 6,2% quando o PIB apenas cresceu 2,1%. Ou bem que são as taxas de impostos que estão a aumentar, ou bem que a fuga ao fisco está a diminuir. Eu gostaria de perceber exatamente o que se está a passar.

Luís Lavoura

JLP disse...

"Há um engano no título do post. Devia ser "pelo lado da despesa"."

Era suposto ser irónico, conjugado com o vox pop que vai constando da "versão oficial". :-)

"Ou bem que são as taxas de impostos que estão a aumentar, ou bem que a fuga ao fisco está a diminuir."

Não tenho dados concretos que mo permitam afirmar peremptoriamente, mas pessoalmente acho que será pelos dois lados.

A eficiência fiscal tem aumentado (elogios a Paulo Macedo dixit), e os impostos têm subido (por exemplo o imposto sobre produtos petrolíferos).

Mentat disse...

"Ainda mais interessante é o facto de as receitas fiscais crescerem 6,2% quando o PIB apenas cresceu 2,1%."

Algumas das receitas fiscais resultam da aplicação de taxas a exercicios de anos anteriores, enquanto que o PIB é uma estimativa estatistica do presente ano.
Por outro lado, para não baixarem o "rating", e consequente penalização nas taxas bancárias, muitas empresas estão a atirar os prejuizos "para a frente".
Também para não estarem a "aturar" agora os fiscais das Finanças, muitas empresas não estão a pedir a restituição do IVA.
A alteração do sujeito passivo do IVA na construção está a poupar muito acerto de IVA nas obras publicas que o Estado se digna pagar.
Há n devoluções de diversos impostos que aguardam ordem de liquidação.
Por enquanto o "pau vai", quando o "pau voltar" é que isto vai ser bonito...
Ou estavam a pensar que isto era mérito do "engenheiro".
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