2007/04/16

Aviso: este senhor é professor de Economia

A moção que a direcção do Bloco de Esquerda vai apresentar à V Convenção Nacional, em Junho, defende a nacionalização da EDP e GALP, e propõe a proibição a prazo do transporte rodoviário de longa distância.

Na moção de orientação, intitulada "A Esquerda socialista como alternativa ao Governo de Sócrates", cujo primeiro subscritor é Francisco Louçã, o BE defende que "a resposta civilizacional às alterações climáticas" passa pela redução "do consumo global de energia da UE em 50 por cento".

(...)

Em alternativa, o BE defende a criação de uma rede pública europeia de ferrovia e de transporte marítimo, a imposição de limites aos construtores de automóveis, e a proibição da venda de veículos todo o terreno a usos não profissionais.

portugalnet.
A cartilha é conhecida, mas faz sempre bem refrescar a memória e lembrar as medidas que são defendidas por aqueles que tantos atraiem nas causas fracturantes. É bom lembrar em que é que votam as almas caridosas que vão votando, imbuídas de utilitarismo, no partido que mais habilmente explora a memória fraca dos nossos eleitores.

As medidas são bem conhecidas e em nada originais. Afinal, são a consequência óbvia do desejo de bolivarização da nossa economia, nas pegadas dos laboratórios do socialismo renascido de Evo e de Cháves.

Fica contudo a curiosidade em acompanhar o sentido de voto na moção daqueles que, sendo militantes destacados do partido, têm vindo a tentar colar-se a um discurso tolerante e moderado, quase centrista, e que esconjuram a associação ao bolivarismo venezuelano e aos fantasmas do comunismo puro e duro.

Ficamos para ver.

4 comentários:

Anónimo disse...

O BE está a tomar uma posição muito importante na sociedade portuguesa.
O BE é o pseudo-contestatário europeu, o contestatário que nos tenta fazer engulir a União Europeia pela esquerda.
O que é importante é que o cidadão não coloque em causa a União Europeia e o caminho para a integração europeia.
Assim partidos de vendidos como o BE o é, são fundamentais pois contestam tudo e todos, mas fazem-no dentro da Europa, arregimentando cidadãos de esquerda para as suas causas pseucontestatárias e dificultando que aqueles se interroguem sobre o caminho europeu que estamos a seguir.

Anónimo disse...

O Daniel Oliveira afirou no seu blogue ser um dos subscritores desta moção, pelo que, evidentemente, votará a favor dela.

O que não quer dizer, claro, que o Daniel Oliveira concorde com TUDO o que está escrito na moção.

Luís Lavoura

Anónimo disse...

Lembro também que fazia parte do programa eleitoral do Bloco de Esquerda, nas últimas eleições legislativas, a nacionalização das empresas do setor energético. Isso foi bastante propagandeado pelos jornais, na altura.

Pelo que, esta moção não contem se não a reafirmação de algo que já estava no último programa eleitoral do BE. Não é nada de novo.

Luís Lavoura

JLP disse...

"Pelo que, esta moção não contem se não a reafirmação de algo que já estava no último programa eleitoral do BE. Não é nada de novo."

Eu sei que não é novo. Mas não se perde nada em relambrar as mentes mais esquecidas. Além de que às propostas de necionalizações acrescem outras que nnao são nada, nada, inócuas.