Trovas do pretenso liberalismo organizado luso

Eu esperava que tivesse alterado mais um pouco quanto a nos chamar "sociais democratas" ou "socialistas", mas mais uns anos e talvez lá chegue. Embora, uma coisa seja certa, os "sociais democratas" (verdadeiros) de facto, aproximaram-se muito dos "liberais sociais" nos últimos anos, aderindo claramente à economia de mercado e abandonando os sonhos colectivistas. Como disse um orador no último seminário da Internacional Liberal "a terceira via é o Liberalismo".

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Já quanto a José Sócrates, só é pena que esteja no partido errado (seria um membro que eu não rejeitaria no MLS - juntar-se-ia a alguns outros na nossa ala esquerda). Aliás José Sócrates é a prova que ter um líder com ideias minimamente liberais (mesmo que tenha origem Socialista, mas, Durão Barroso também era Maoista e agora é Conservador), não basta.

Miguel Duarte, no Speakers Corner Liberal social, com negritos meus.

Para além da afirmação que, quanto a mim, transpira alguns traços de auto-análise da última citação transcrita, regista-se o rumo anunciado e o exemplo tomado para o liberalismo social luso: a convergência com a social-democracia e a Terceira Via (que só traz boas novas de terras de Sua Majestade) e o exemplo de José Sócrates. Faltou só acrescentar as causas fracturantes do Bloco de Esquerda. São estas, de acordo com alguns, as "ideias frescas", a "voz que falta" e a "diferença" no panorama português.

Infelizmente, parece que o mercado das propostas políticas que se avançam já está bem ocupado no "sistema" por partidos que já existem e são bem mais relevantes. Temos pena.