2007/03/08

A ditadura da maioria alastra

O Parlamento britânico aprovou ontem, por maioria, a reforma da Câmara dos Lordes, que no futuro deverá ter a totalidade dos membros eleitos. Um momento histórico no Reino Unido, que, assim, avançou no sentido da democratização de uma das mais antigas instituições mundiais. Entre as alternativas, vingou a proposta que previa uma câmara com todos os seus representantes eleitos e o fim dos pares com direitos hereditários.

[...]

A Câmara dos Lordes existe há mais de 700 anos e é formada por membros da nobreza, juízes, bispos da Igreja de Inglaterra e outros líderes religiosos, que herdavam os respectivos lugares. Hoje, só 92 pares é que mantinham direitos hereditários, ao passo que a esmagadora maioria dos seus membros eram nomeados (de forma vitalícia) pelos partidos políticos. Um sistema polémico que está no centro de uma investigação policial de corrupção ao mais alto nível, havendo indícios de que vários governos acederam a nomear pares para este órgão a troco de financiamentos partidários.

DN Online.
Antes, era preciso "corromper ao mais alto nível" pares do reino e dignatários públicos, presumivelmente caros.

Agora, a coisa vai ficar mais barata. Basta corromper os eleitores necessários.

Simplex.

5 comentários:

Anónimo disse...

Será que o JLP prefere o estado atual em que

1) Alguns dos pares são hereditários, estilo monarquia, e

2) Outros pares são nomeados vitaliciamente pelos partidos políticos, estilo partidocracia?

JLP disse...

Prefiro.

FMS disse...

"I have, myself, full confidence that if all do their duty, if nothing is neglected, and if the best arrangements are made, as they are being made, we shall prove ourselves once again able to defend our Island home, to ride out the storm of war, and to outlive the menace of tyranny, if necessary for years, if necessary alone.

At any rate, that is what we are going to try to do. That is the resolve of His Majesty's Government-every man of them. That is the will of Parliament and the nation.

The British Empire and the French Republic, linked together in their cause and in their need, will defend to the death their native soil, aiding each other like good comrades to the utmost of their strength.

Even though large tracts of Europe and many old and famous States have fallen or may fall into the grip of the Gestapo and all the odious apparatus of Nazi rule, we shall not flag or fail.

We shall go on to the end, we shall fight in France, we shall fight on the seas and oceans, we shall fight with growing confidence and growing strength in the air, we shall defend our Island, whatever the cost may be, we shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender, and even if, which I do not for a moment believe, this Island or a large part of it were subjugated and starving, then our Empire beyond the seas, armed and guarded by the British Fleet, would carry on the struggle, until, in God's good time, the New World, with all its power and might, steps forth to the rescue and the liberation of the old."


Discurso de Winston Churchill, 4 de Junho de 1940.

Anónimo disse...

Exacto. E a corrupção dos eleitos também fica mais facilitada. Afinal, é preciso dinheiro para ganhar eleições.

Anónimo disse...

"Presumivelmente caros" para o cidadão comum. Para os amigos tudo se resolve no chá das 5 ou num gentleman's club à volta de um whisky.