2007/01/25

Desafio aos apoiantes do NÃO

As perguntas que gostaria de vêr respondidas:

  1. Concorda com a realização do referendo e a formulação da pergunta?
  2. Considera que as mulheres que abortam antes das 10 semanas de gestação deverão ser efectivamente condenadas a penas de prisão? E depois das 10 semanas?
  3. Concorda com as excepções da actual lei?
  4. Considera a pílula do dia seguinte um método abortivo? Concorda com a sua utilização?
  5. Caso o Não vença e o referendo não seja vinculativo, aceitaria a realização de um novo referendo nos próximos 10 anos?
Fica lançado o desafio: na caixa de comentários ou para o e-mail watching.back@gmail.com

7 comentários:

Anónimo disse...

1- Não e não.
Há valores civizacionais adquiridos que não se deviam referendar por exemplo :
Aborto, eutanásia, eugenia, pena de morte, independencia nacional, etc.
Num referendo a pergunta deveria única e não composta

2- Não e não. Mas em caso de reincidência deveria existir um mecanismo de apoio e re-educação.

3- Não com todas. No caso de violação o prazo deveria ser substancialmente alargado.

4- Sim e não (excepto no caso de violação).

5- Não. Justificado em 1. Além disso numa Democracia Representativa os eleitos deveriam assumir as suas responsabilidades.

Anónimo disse...

1. Não tenho opinião acerca do referendo. Quanto à pergunta não concordo: não se vai "despenalizar", mas sim "legalizar" (existe uma diferença grande entre ambos os conceitos) e o eufemismo "interrupção voluntária da gravidez" tem requintes de malvadez e é falacioso.

2. Cada caso é um caso e julgo que grande parte das mulheres têm muitas atenuantes. Já os companheiros, pais, médicos, etc... que pressionam ou que realizam o aborto, devem ser julgados por isso. De qualquer modo, não deve haver prazos: se é antes das 10 semanas, também o é depois.

3. Não, não concordo. Não há excepções para que matar possa ser considerado justificável. Em qualquer um dos casos, tenho argumentos que considero plausíveis, por isso, trata-se de debater específicamente cada um... Terei muito gosto em explicar.

4. Sim, considero. Um ser humano existe a partir da concepção e esta pílula mata o ser que já foi concebido, por isso, não concordo com a sua utilização.

5. Se o Sim vencesse (mesmo que não fosse vinculativo), não acredito que se fosse referendar esta questão de novo. Por isso, se os portugueses já mostraram 2 vezes que não concordam, ponham este assunto de parte.

Gabriel Silva disse...

1. Concordo com o referendo, não concordo com a pergunta.

2. Considero que ao acto de aborto voluntário deverá corresponder legalmente um tipo de crime que preveja uma pena de prisão, independentemente do momento da gestação em que ocorra.

3. Não.
Aliás, sem quaisquer reserva apenas concordo com a do feto inviável.

4. Sim. Não.

5. Sim.
Julgo que até se criar um consenso social alargado, seja em que sentido for, pela prática, ou pelo convencimento, que qualquer que seja o resultado, deverá ser possível a realização de novo referendo dentro de um prazo razoável, acima dos 5 anos. Defendo mesmo que tal prazo mínimo, (dentro do qual não se deveria realizar novo referendo) deveria constar da lei convocatória do referendo.

JLP disse...

Tarde e a más horas, aqui vai:

1- Concordo com o referendo, apesar de achar que é demasiado próximo da consulta sobre o mesmo tema de 1998. Já tarda que seja estabelecido legalmente o período de intervalo entre dois referendos que se submetam ao mesmo tema; não concordo com a pergunta, porque engloba decisões múltiplas que deveriam constar de perguntas múltiplas, não é clara em relação ao mandado legislativo que dela pode emanar, não clarifica se o que é votado é um direito positivo garantido pelo estado ou uma liberdade negativa, não esclarece o critério que preside à fixação do prazo de 10 semanas.

2- Conceptualmente, não; A partir do momento em que a criança que transporta é potencialmente autónoma (+/- 22-24 semanas), o crime deveria ser enquadrado na moldura penal do infanticídio.

3- Acho razoáveis. De qualquer modo, conceptualmente, acho que deveria ser livre, obedecendo aos prazos e condicionalismos expressos acima.

4- Não tenho conhecimento científico que o permita determinar, e face à minha tese é relativamente irrelevante; concordo, mas não deve ser comparticipada, e em Portugal, face ao facto de a contracepção ser gratuita, o seu sucesso comercial é um claro sinal do laxismo e da irresponsabilidade que preside à contracepção nos portugueses.

5- Acho que os referendos deveriam ser sempre vinculativos. De qualquer modo, apesar de democraticamente aceitar, acho que o período de 10 anos é demasiado pequeno entre referendos sujeitos ao mesmo tema.

Anónimo disse...

Satisfazendo a sua (e minha curiosidade), aqui vai... pelo NÃO:

1. Não concordo, nem com o referendo, nem com a(s) pergunta(s), sobretudo porque numa pergunta, estão 2, ou 3 e para despenalizar, bastava aos políticos em AR, legislar nesse sentido, mas isso custar-lhes-ia votos futuros...

2. Efectivamente considero nunca a prisão para o primeiro caso. Para o segundo, após as 10 semanas, depende do período acima.

3. Concordo.

4. Creio que a pílula do dia seguinte não seja propriamente abortiva, porque actua numa altura em que não se pode falar em "aborto" propriamente dito, pelo que respondo Concordo, para ambas as situações colocadas na questão.

5. Não!

kota disse...

1.NÃO,NÃO.
2.NÃO,NÃO.
3.SIM.
4.NÃO.
5.SIM.

Anónimo disse...

Carlos,

Aqui fica o link para a minha participação no desafio:
http://www.heldersanches.com/2007/02/02/o-desafio-small-brother/

Um abraço.