2006/08/05

If at second you don't succeed...

Aparentemente a nossa Ministra da Educação acha que todo o imbróglio em que se meteu (a si e aos desgraçados dos afectados por ele) valeu a pena. Toda a discricionariedade não foi em vão e todos podem ficar descansados que o precedente foi plenamente justificado. Ou será que não?

A melhoria de resultados não se registou, no entanto, na prova
de Física, também abrangida no regime excepcional criado pela tutela, que permitiu aos alunos das duas disciplinas (programas novos) repetiras provas na segunda fase e concorrer com a melhor nota à primeira fase de acesso ao ensino superior, onde estão em jogo a maioria das vagas.

A Física, as notas baixaram em relação à primeira fase, com a média de classificações a descer de 7,7 para 7,3 valores e a taxa de reprovação no exame a subir de 67 para 70 por cento.

TSF Online
Ora atente-se no conteúdo do despacho original do secretário de estado da educação (despacho interno nº2-SEE/2006, com negritos meus):
Tendo em conta que os resultados da 1ª fase dos exames nacionais relativos aos novos programas de Química (código 642) e de Física (código 615) evidenciam um valor médio relativamente baixo e muito inferior ao verificado no ano passado bem como ao verificado este ano nas provas relativas ao programa antigo das mesmas disciplinas (códigos 142 e 115, respectivamente);
Uma vez que no caso de Física os resultados, na sequência da repetição, foram ainda piores, e tomando-se como critério o enunciado pelo secretário de estado (que não foi o da existência de particulares erros ou vícios da primeira chamada, mas sim somente a análise dos seus resultados e comparação com os do ano passado), aguarda-se ansiosamente a marcação de uma nova chamada para corrigir esta situação persistente e intolerável aos olhos do ministério.

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