2006/07/11

Bizarrices republicanas

Li hoje que o deputado-fadista Nuno da Câmara Pereira, presidente do também muito músico PPM, se tem insurgido contra as propostas de lei que propõem a presença do herdeiro da Casa Real e pretendente ao trono português na lista do protocolo oficial. Eu, que monárquico me confesso (mas que não me sinto representado pelo folclore que constitui o presente PPM), não posso desta vez deixar de concordar. A palhaçada de prever, aos olhos de legislação da mesma república que constitucionalmente proíbe a própria possibilidade de se referendar a alteração do regime, que um determinado indivíduo, igual a todos os demais em república, venha a integrar a lista oficial do protocolo, só pode ser coisa de quem não tem bom senso e um mínimo de respeito por esse mesmo protocolo. Além do potencial criar de situações relativamente embaraçosas, por exemplo, aquando da visita de reis de casas reais estrangeiras com grande afinidade à casa de Bragança.

Até na república nos não somos carne nem peixe como o resto da política. Gostamos de embandeirar em arco de "ética republicana", mas rapidamente todos se tolhem pelo glamour da revista côr-de-rosa e do "parece bem".

Sem comentários: