2009/03/28

mais mediocridade

"Homem que é homem vê é o jogo e não quer saber dessas mariquices ambientais" -- parece ser o que CAA diz.

Este post no Blasfemias diz muito sobre o CAA. Tenho de confessar que o seu "bilhete postal" no CM me causava um sabor amargo depois de o ler. É que eu acho que a geração Blasfémias + Insurgente + outros tem o potencial de liberalizar um pouco mais Portugal (o que eu recomendo, dependendo da linha liberal). O problema é que depois lembro-me que não tenho a certeza se confio neles.

Os "bilhetes postais" e agora este post sobre o "apaganço amaricado" (palavras do CAA) lembrou-me disso. Não só mostra um enorme desprezo por este tipo de iniciativas (independentemente de existir aquecimento global e outras "mariquices") como ainda recomenda que se dê importância ao Portugal-Suécia.

A questão aqui é uma certa falta de chá e de politicamente-correcto que, embora raramente, tem a sua função social. Relembra-nos, por exemplo, que há prioridades absolutas e há prioridades relativas. E não é preciso cair no eco-alarmismo ou em eco-economias para esabelecer estas prioridades.

Aliás, eu até aceitaria que o ambiente não fosse uma prioridade absoluta para o CAA. Mas envergonhou-me, no sentido de me associarem frequentemente ao blog, que tenha desdenhado do ambiente desta forma -- ainda por cima porque a REN até diz que é perigoso (!) -- e ainda berrar que o importante é futebol (uma prioridade relativa).

Que fique claro: eu nem teria ligado se fossem dois posts (o AAAlves d'O Insurgente tem muitos posts destes que me põem a repensar Qioto p.ex.); se num opinasse sobre o apaganço e no outro falasse de futebol.

Mas ligar os dois assuntos como o fez, colocando-os ao mesmo nível e deslocando importância de um para o outro é de uma enorme infelicidade.

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