Tiro no Pé
Discotecas e restaurantes com menos clientes devido à proibição de fumar
A restrição de fumar está a afastar clientes das discotecas, bares, restaurantes e cafés, provocando quebras de receita que chegam a atingir os 70 por cento em alguns estabelecimentos. Perante as quebras, já há empresários a ponderar despedir funcionários.Pergunto-me onde está a maioria de portugueses interessada em usufruir dos espaços livres de fumo. Não havia uma maioria de portugueses a favor da nova lei? Provavelmente trata-se de pessoas que nunca saem. Qual é então a utilidade (ponto de parte a legitimidade) da proibição para esses indivíduos?
[...]“Não só há uma redução de clientes, como há uma redução do consumo por parte de quem vai às discotecas” [...]“Há muitos clientes que dizem que não vão voltar, depois de se aperceberem que o restaurante é não fumador” [...]Os únicos com motivos de satisfação são os restaurantes para fumadores, que representam apenas 10 por cento do sector. Para estes, a nova Lei do Tabaco traduziu-se num aumento do número de clientes. “Por isso, os restaurantes estão gradualmente a tornar-se espaços para fumadores”
Já os proprietários de discotecas não têm dúvidas em afirmar que, se houvesse liberdade de escolha, a grande maioria optaria por ser de fumadores. De acordo com o inquérito realizado pela Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, 80 por cento dos estabelecimentos optariam pelo dístico azul, caso tivessem essa possibilidade.
[...]Indiferente à contestação, o director-geral de Saúde garante que “não há nenhuma questão polémica” em torno da nova Lei.
“O balanço que faço do primeiro mês de aplicação da lei do tabaco é altamente positivo. Há motivos para aplaudirmos os portugueses, que estão a cumprir a lei nos locais de trabalho, nos restaurantes, cafés e bares, ou seja em todos os recintos fechados de utilização colectiva"
Público Última Hora.
3 comentários:
É sempre assim...os velhos do Restelo gostam sempre de mandar o seu palpite e criticar qualquer alteração ao status quo. O que era de admirar era ver um empresário da restauração ou da noite dizer que a Lei tinha favorecido o negócio. Aliás, eu nunca ouvi um empresário dizer que o seu negócio vai bem. Com crescimentos reais de 10% ou 3% só se ouve "o negócio está fraquinho, está fraquinho". Quebras de 70%? provem-no? Quanto ao resto, o que se pode provar é que vamos ter quedas de x% no número de hospitalizados com cancro de pulmão a longo prazo.
Multipliquem o custo de uma diária no hospital pelo número de redução de casos de cancro x estadia media no hospital e temos uma pipa de massa, bem mais do que suficiente para compensar uma putativa quebra de receita fiscal cobrada em IVA e IRC - até porque o negócio da restauração quer ganhe 100 ou 1000 paga sempre o mesmo ao Estado com todos os subterfúgios imagináveis- ou seja o mínimo dos mínimos.
By the way, quando a escravatura foi abolida nos USA, os Estados do Su também vieram dizer que a economia de produção de algodão ia colapsar e ia ser o fim dos "pobres" latifundi
ários.
Gonçalo Pacheco de Faria
O Filipe não deveria acreditar nestas lamúrias que vê estampadas nos jornais. Sabe, cá em Portugal o povo é muito conservador, e qualquer alteração que se faça, há logo uma data de lamurientos a queixarem-se de que vai ser o fim do mundo.
Quando se introduziu a "tolerância zero" na Reta do Cabo (a estrada através da Lezíria Grande, de Vila Franca de Xira a Porto Alto) logo vieram os donos dos restaurantes de Porto Alto a dizer que iam perder a clientela toda, porque ninguém seria capaz de percorrer aqueles 11 km a 60 à hora para is à sua almoçarada a Porto Alto. É sempre assim: disparates e burrices, é o que mais se ouve neste país.
Estamos em Janeiro, é normal que alguma clientela falte agora. Voltará daqui a 3 ou 6 meses. O negócio tem altos e baixos. Não se preocupe, Filipe.
Luís Lavoura
Pelos vistos valorizas mais o negócio dos restaurantes que a saúde dos utentes....Por essa lógica se alguém desse uma excelente quantia de $$ aos teus Pais para ficar contigo quando nascestes eles despachavam-te logo!! Era uma boa ideia promover um mercado de seres humanos - dinamizava a economia...A qualidade de vida e a saúde para ti são algo que é comprado com $$...
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