2007/12/12

Eles comem tudo


No país cinzento com o povo mudo
De porta em porta pela noite calada
Vêm em bandos com pés veludo
Chupar o sangue fresco da manada

Se alguém contesta com seu ar sisudo
Apontam a sua arma carregada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

A toda a parte chegam os vampiros
Ocupam os prédios, multam nas calçadas
Pregam a moral e ética de servi-los
Em troca de aceitarmos o nada

São os mordomos do líder vigário
Criminosos protegidos pela lei
Requisitam o saque do suor diário
E tributam o pouco com que fiquei

Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

Nos seus contratos levam a assinatura
Levada sob ameaça e coação
Fazendo-nos saber que assim dura
A legitimidade da sua requisição

Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

2 comentários:

AA disse...

o/~ I'm the taxman!!! o/~

Ski bi di bi di do bap do
Do bam do

José, o Alfredo disse...

Que economia poética!