2007/05/04

Pelo menos a mim já me perderam

America is rated the world's most unfriendly destination for foreign travellers in a recent global poll. The War on Terror (which includes a $15 billion fingerprinting program that humiliates every visitor to America's shores and has yet to catch a single terrorist) has destroyed America's tourist industry, killing $94 billion worth of tourist trade, and 194,000 American jobs.

"In a recent poll of international travellers, commissioned by Discover America Partnership, a coalition of US tourist organisations, 70 per cent of respondents said they feared US officials more than terrorists or criminals. Another 66 per cent worried they would be detained for some minor blunder, such as wrongly filling out an official form or being mistaken for a terrorist, while 55 per cent say officials are "rude."..."

Boing Boing.
A vontade de ir de visita a New York, a S. Francisco, (a ver vamos se ainda vale a pena) New Orleans ou em ir a locais como ao Kennedy Space Center ainda se mantém. Mas está guardada para quando os EUA voltarem de novo a respeitar a liberdade dos seus cidadãos e dos turistas que lá levam divisas.

9 comentários:

Anónimo disse...

Há que ter muita cautela com o que publicam os interest groups. O número de turistas para os Estados Unidos subiu de 40,4 milhões em 2002 para 46,1 milhões em 2005 (último ano com dados disponíveis na WTO) - o mais elevado incremento percentual entre os 10 maiores destinos turísticos. Actualmente, está nos 51 milhões. A isto chamam eles uma queda abrupta...

Confesso que frases como esta "n a recent poll of international travellers, commissioned by Discover America Partnership, a coalition of US tourist organisations, 70 per cent of respondents said they feared US officials more than terrorists or criminals" me deixam fortes reservas quanto à qualidade da sondagem comissionada pelo lobby das viagens. Julgo que boa parte das respostas estarão enviezadas pelas crenças apriorísticas dos elementos da amostra; desconfio que a melhor conclusão possível seja de que nem os anti-americanos resistem ao apelo do Império Securitário. Pessoalmente, não tenho qualquer razão de queixa. A segurança é apertada; mas não percebo como é que o controlo das fronteiras é um desrespeito à liberdade dos cidadãos americanos - ou dos turistas que, por vontade própria, querem lá ir.

Em suma: se o congresso despejar uns dólares para a indústria do turismo, o panorama mudará radicalmente. Business as usual.

Zé Luís disse...

Com subida ou com descida das visitas, a mim também me tiraram a vontade de lá voltar. E, sim, receio mais os gajos da fronteira do que os terroristas. A começar pelo gajo da fronteira da Casa Branca.

JLP disse...

Caro HO,

O artigo foi lido com o devido "grain of salt". Mas parece-me ecoar uma realidade que já não é de agora, e que me ocorre já ter visto referida em outras paragens.

"mas não percebo como é que o controlo das fronteiras é um desrespeito à liberdade dos cidadãos americanos"

Não me estava a referir especificamente ao efeito do controlo das fronteiras nos cidadãos americanos. Estava-me a referir à sucessiva degradação das liberdades civis no país no pós-9/11.

De um país que trata assim os seus próprios, não se pode esperar grande respeito pelos estrangeiros.

"ou dos turistas que, por vontade própria, querem lá ir."

Uma coisa é segurança apertada. Outra coisa é a promoção de atitudes e provações degradantes ou ofensivas aos turistas.

Mas veja, eu não pretendo exigir nada dos americanos. Concordo até com essa perspectiva relativa ao "voluntarismo de quem lá vai", apesar de achar que tal deveria ser visto como uma troca, e não como um benefício unilateral. Sou, como provavelmente sabe, um grande defensor das opções soberanas dos países.

O que eu estou a dizer é que, do meu ponto de vista de cliente, não tolero a actual situação e, como tal, voto com a carteira.

Anónimo disse...

Está muito, muito, melhor. Eu já passei a fronteira americana uma série de vezes no último ano e meio e sempre achei que era tratado com respeito. Tenho mais queixas do serviço das das companhias aéreas americanas.

A última vez que cheguei de Portugal, a senhora da fronteira, olhou para o passaporte, para o visto, devolveu-mos e disse-me "welcome home."

Anónimo disse...

Opinião pessoal: Nova Iorque é um lugar horroroso. Só betão e gente, não há árvores. Aquilo é detestável. Não ponha lá os pés.

As cidades mais bonitas dos EUA são Boston e San Francisco. Boston é muito bonita pela sua arquitetura tipo inglês.

Seattle também tem uma bela situação natural, mas a cidade em si não é bonita.

Em qualquer dos casos, a norte da fronteira encontra melhor. Vancouver bate Seattle em todos os campos. Montréal é fantástico, sobretudo pela beleza das suas moças, e Toronto também é jeitoso, e tem restaurantes fabulosos. Québec é uma cidade bonita e tem um belo countryside.

Isto são opiniões pessoais, discutíveis como todas.

Luís Lavoura

Anónimo disse...

Já agora, muita gente fala de Nova Iorque pelos seus museus. Ora, quem quer bons museus, não precisa de ir aos EUA - a Alemanha tem os melhores museus do mundo. Quem quer bons museus, mais vale ir a Berlin, Dresden, Muenchen e Essen.

Luís Lavoura

JLP disse...

"Opinião pessoal: Nova Iorque é um lugar horroroso. Só betão e gente, não há árvores. Aquilo é detestável. Não ponha lá os pés."

Bem, há sempre o Central Park...

Há mais numa cidade que a natureza. Há as compras e a arquitectura. :)

E as diferenças culturais. E a gastronomia (OK, neste caso não vale de muito!).

"Em qualquer dos casos, a norte da fronteira encontra melhor. Vancouver bate Seattle em todos os campos. Montréal é fantástico, sobretudo pela beleza das suas moças, e Toronto também é jeitoso, e tem restaurantes fabulosos. Québec é uma cidade bonita e tem um belo countryside."

O problema do Canadá (talvez à excepção de Montreal) é, como França está pejada de franceses, estar cheia de canadianos. Oh gentinha secante...

"Alemanha tem os melhores museus do mundo."

E o Louvre, by Jove, e o Louvre? :-)

Mas reconheço que a Alemanha tem umas coisas engraçadas, apesar de que em Munique não me ocorre a memória de nenhum museu mirabolante (só conheço relativamente bem Berlim e Munique).

Anónimo disse...

Diferenças culturais e gastronomia é coisa que se encontra em qualquer cidade grande dos EUA. Não é preciso ser New York.

Uma cidade precisa, para o meu gosto, de ter árvores nas ruas. Não apenas alguns grandes parques aqui e ali. É isso - árvores nas ruas - que abunda nas cidades portuguesas, mas falta cruelmente em New York.

Em arquitetura, tal como eu disse, New York não tem qualquer beleza especial. Boston e Sanfran é que são giras.

Um bom museu, para mim, não se define por ter muitas obras de arte, mas sim por ter obras de arte bem selecionadas, bem expostas, e bem explicadas ao visitante. Sob esses pontos de vista, o Louvre parece-me um museu muito sofrível. O melhor museu que eu conheço é a SMPK (Staatliche Museen Preussischer Kulturbesitz), em Berlin. Dresden tem a pinacoteca, que é fabulosa. Essen tem o museu Folkwang. Qualquer destes museus é muito inferior ao Louvre em quantidade, mas infinitamente superior em qualidade.

Luís Lavoura

JLP disse...

"Uma cidade precisa, para o meu gosto, de ter árvores nas ruas. Não apenas alguns grandes parques aqui e ali. É isso - árvores nas ruas - que abunda nas cidades portuguesas, mas falta cruelmente em New York."

Eu pessoalmente dispenso. Não gosto até particularmente de grandes cidades monumentais, de grandes avenidas arborizadas. O meu gosto pessoal inclina-se para as cidades de arquitectura medieval. Mas, por exemplo, simpatizo bastante com Berlin. Já não acho muita piada a Budapeste, Viena, à nossa Lisboa ou a Madrid.

Alias, numa avaliação geral, a minha cidade favorita é Estocolmo, que até não tem particular espólio arquitectónico, museológico ou "arbório" ;-)

"Em arquitetura, tal como eu disse, New York não tem qualquer beleza especial."

Bem, aí não concordo. O Guggenheim, o Chrysler Building, o Flatiron, a Brooklin Bridge, as casas do Upper East Side são suficientes para merecer a minha curiosidade e vontade de as conhecer presencialmente. Além de que tem lojas de material fotográfico fantásticas... ;-)

"Um bom museu, para mim, não se define por ter muitas obras de arte, mas sim por ter obras de arte bem selecionadas, bem expostas, e bem explicadas ao visitante."

Bem, o meu gosto de museus é mais virado para a arqueologia do que para a arte pura e dura. No caso do Louvre, as minhas visitas são em numeros redondos 80% do tempo na parte do Egipto e civilizações antigas, e os restantes 20% na parte da pintura. Claro que eu reconheço que, por exemplo, o Pergamon é arrebatador, e que está muito mais bem organizado e ilustrado aos visitantes. Mas é uma escala apesar de tudo bastante diferente. O Louvre é um repositório de história da humanidade até agora, para mim, incomparável.