2007/05/22

Blowback ensinado às criancinhas e aos apoiantes de Rudy Giuliani (baseado em estória verídica)

O Fábio Aurélio era um rapaz de 17 anos, espadaúdo, que estudava ainda no 6º ano de escolaridade. O seu desporto preferido era distribuir uns calduços e umas boladas pelos colegas da escola, habitualmente mais novos e franzinos.

Um dia, o paizinho de um dos visados decidiu olvidar a racionalidade e testou a capacidade de resistência do Fábio. De acordo com os médicos, revelou-se reduzida.
Por seu lado, o pai do Fábio, apesar de passar anos sem saber bem o que se passava com o filho, manifestou-se surpreso e indignado com o sucedido, tendo prometido retaliação inolvidável.

Deve o pai agressor assumir a responsabilidade dos seus actos? Claro que sim.

É o Fábio responsável pela escalada de violência? Peço ajuda aos analistas de política internacional não simpatizantes de Ron Paul.

Moral da história: Não há. Os senhores envolvidos até vão à missa e são tementes a Deus.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu não vou ajudar porque, para lá de não ser analista nem simpatizante do Giuliani, tendo entendido que se trata de uma alegoria, não faço ideia de quem sejam o Fábio, o pai do Fábio e o pai do maricas que foi fazer queixinhas.

Quanto aos blowbacks (saúde-se a recuperação do vocábulo, outrora tão querido dos que tinham a certeza que a política anti-comunista do Reagan iria conduzir o mundo à guerra e ao holocausto nuclear), não creio que o Paul faça uso dele com propriedade.

Os americanos apenas substituíram os impérios britânicos e franceses como alvos do ressentimento árabe (ainda há 50 anos eram o país mais admirado naquelas latitudes), levando com os dejectos do fracasso do socialismo pan-arábico enformados nas teorias do residual-marxismo do qutbismo.

A não ser que queiramos esquecer as intervenções norte-americanas na Guerra do Suez, na Bósnia e na ocupação soviética do Afeganistão e o que, em supostos blowbacks, já acontecia nessa altura.

"Moral da história: Não há"

Involuntariamente irónico, mas muito a propos. Realmente, os estados não são dotados de consciência moral. O que explica o fracasso das teses liberais quando aplicadas à política internacional.