2007/03/07

O primeiro a chegar a 100% ganha

Para as metas existe consenso. Os 27 países concordaram hoje em reduzir em, pelo menos, 20 por cento as emissões de gases com efeito de estufa (GEE, sigla em inglês) até 2020, a níveis de 1990. Os europeus estão mesmo dispostos a ir mais longe e a impor uma redução de 30 por cento se este ganhar o apoio mundial.

Actualmente, a UE deve reduzir as suas emissões em oito por cento até 2012, ano em que termina o Protocolo de Quioto.

Público Última Hora.
O Governo alemão vai propor uma redução das emissões de dióxido de carbono até 80 por cento nos próximos 43 anos, noticia o jornal "Handelsblatt", citando uma proposta a apresentar esta semana à União Europeia.

Os países industrializados deverão reduzir as emissões no mínimo em 60 por cento até 2050, refere o jornal alemão.

Público Última Hora.
Se o rídiculo matasse...

Do alto da sua superioridade moral, a União Europeia vai avançando as suas megalomanias. Enquanto ainda luta em cumprir com as metas bem mais humildes de Kyoto, vão-se já agitando metas avulsas, ainda mais quando apresentadas em conjunto com o perpetuar dos estigmas para com o nuclear.

Enquanto a meta for a de atirar números para o ar, sem o mínimo de noção do que acarretam em termos económicos e mesmo em termos de exequibilidade face ao estado da técnica e a vontade anunciada de fugir do nuclear, a credibilidade na discussão de qualquer questão relativa à problemática energética será largamente afectada.

Não é pelo facto de se apontarem metas mais ambiciosas que os problemas se resolvem. Resolvem-se sim enunciando metas razoáveis e ponderadas, e seguindo o caminho passo a passo.

A menos que se pense que se resolve o problema energético amanhã, que se descobre a fusão a frio ou alguma fonte de energia limpa inesgotável, este género de discursos será sempre difícil de distinguir de pura demagogia, e serão difíceis de ser levado a sério pelos seus interlocutores internacionais.

1 comentário:

kota disse...

Isto são influências do Durão. O tal que falava em "crisófilia".

O Governo alemão tem muita graça, ou será que se esquecem que o sector automóvel deles, foi o que mais problemas levantou à diminuição das taxas de emissão dos automóveis.