2007/02/15

No fundo, o artista é um bom artista.

Não pretendendo desdenhar do grande kilapy do Zézé Gamboa, e em face da mais recente investida do Grande Cobrador de Impostos, aconselhando todos os portugueses de bem a cumprir o desígnio moral de pedir facturas, muitas facturas, com muita moral, muita ética, muito sentido de responsabilidade, e profusamente imbuído deste nobre espírito, decidi realizar uma operação de aritmética simples (inspirada nesta notícia), de modo a poder informar os portugueses dos seguinte:

1. Supondo que 80 mil indígenas vão comprar o seu bilhete para assistir ao filme supra, torna-se necessário que os mesmos consigam um total de 2 milhões e 600 mil euros de facturas de restaurante (por exemplo), à módica proporção de 5,6 euros por cabeça de imposto cobrado.

2. Supondo que o bilhete ronde os 5 euros, e que o nível de persuasão seja alto, talvez consigam assistir à sessão de borla, com oferta de cafézinho incluída.

3. O estado português queixa-se frequentemente que algumas empresas off-shore promovem a circulação de dinheiro sem qualquer controlo.

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