Leitura recomendada a uns e a outros...
... aos defensores do Sim como aos defensores do Não, e especialmente aos homens. Li-o por volta dos treze anos, e foi a minha mãe que mo emprestou. A autora ainda era viva, e ainda nem sequer se falava tanto nas controvérsias que lhe marcaram o fim da vida. Releio-o agora, para não me esquecer que atrás da racionalidade dos argumentos ainda vão estar, sempre, pessoas, dotadas de sentimentos e de livre-arbítrio.
Nao é a favor, nem contra: é verdadeiro. Foi publicado em Portugal com o nome «Carta a um menino que não nasceu», pela Arcádia, em Março de 1976.
11 comentários:
"Carta a um embrião excedentário produzido por fertilização in vitro mas nunca implantado no útero da sua mãe, nem de nenhuma outra mulher, e que está no congelador à espera do destino que lhe será dado daqui a 200.00 anos."
Não estou interessado em ler coisas de uma senhora que escreveu as besteiras xenófobas que esta escreveu sobre os muçulmanos, e que ainda por cima se fazia fotografar de cigarro na mão.
Luís Lavoura
Luís:
Já li dezenas de comentários seus e, de todos, este foi o que, da minha perspectiva, melhor sintetizou a essência dos seus pensamentos.
Em primeiro lugar, visto que não leu, porque não lhe interessa ler, como admite, não se devia pôr a fazer especulações acerca do conteúdo. Mas, a bem dos demais leitores, eu digo-lhe do que trata. Se pensasse um bocadinho, talvez tivesse chegado à conclusão que em 76 não se publicavam em, Portugal coisas muito retrógradas.
São as divagações de uma senhora (a própria, quiçá?) que se apanha grávida, sem querer, de alguém com quem já terminara a relação, no meio de uma carreira que não lhe permitia o luxo de engravidar. E são as descrições das suas alterações de humor, entre o querer ter o filho e o abortar, e os seus pesadelos com os vários actores do seu drama – o médico que a acusa por continuar a fazer a sua vida normal, durante uma gravidez de risco, e lhe diz que insconcientemente quer abortar; a amiga compreensiva que lhe chama louca por admitir levar a gravidez adiante; o ex-namorado, que só pensa em desfazer-se do incómodo; os pais, que sofrem um desgosto enorme mas a apoiam apesar de tudo. Já vê que não tem nada a ver com o que pensava.
Quanto ao seu último parágrafo, começo a achar que tem sérios problemas com a liberdade dos outros, particularmente a de expressão. Relativamente ao cigarro, a senhora faz-se fotografar como entender, desde que pague as fotografias; espero que lhe reconheça ao menos esse direito, que de resto pagou com a vida. E quanto às declarações xenófobas, que aposto que não leu (eu também não, e por isso abstenho-me de ir mais longe), não faltou quem a pusesse pôr na cadeia por delito de opinião. Suspeito que não fosse um caso muito diferente do dos cartoons.
Ainda bem que não vivo no seu mundo, lá onde todos temos de manter o bico calado a bem do politicamente correcto e tirar fotografias com o Verdocas.
"...e que ainda por cima se fazia fotografar de cigarro na mão..."
É curioso como certos "liberais sociais" pensam estranhamente como o meu avô que se fosse vivo teria hoje 110 anos.
"Mulher que fuma não é séria de certeza"
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Declaração de interesses : Não sou nem nunca fui fumador e embirro com quem fuma para cima de mim.
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Cara SMP
Tenho que fazer aqui um veemente protesto.
Se fosse eu que tivesse feito um comentário tipo LL, voce não tinha sido assim tão "meiga" comigo, conforme eu bem me lembro...
Ou está a "amolecer" ou há "filhos e enteados"...
:)
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Mentat: a sério, fui meiga? Ora bolas, estou a perder qualidades. Se calhar, achei o comentário do LL tão caricatural que o meu inconsciente concluiu que ele não pdoia estar a falar a sério.
O problema consigo era outro; eu conheço o nome, a profissão e até a cara do LL, e isso permite-me ter uma conversa de igual para igual.
Não há filhos nem enteados; mas espero que não me vá atirar à cara que nunca fui mãe, à la pedro Arroja... :)
"... mas espero que não me vá atirar à cara que nunca fui mãe, à la pedro Arroja... :) ..."
Não sabia dessa.
Pelos vistos o Anacleto fez escola...
Quanto a não me conhecer a cara, olhe..., não está a perder nada.
:)
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Um dia, ainda me há-de dizer quem é que julgava que eu era...
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:)
http://parceiropensador.net/?q=node/614
Divirta-se...
SMP,
1) Se ler o meu comentário anterior com atenção, verá que não fiz qualquer especulação sobre o conteúdo do livro. Apenas parodiei o título, que me parece ridículo. Um feto não é um menino, tal como um embrião não o é. Identificar o feto como "child" é enganador.
2) Eu não pretendo, nem sugeri que pretenda, que a sra. Falaci não tem a liberdade de se fazer fotografar como quiser. Só disse que não estou interessado em ler livros de quem se faz fotografar dessa forma. E não estou interessado, porque me metem nojo as mulheres (e os homens também, embora menos) que fumam. E ainda me metem mais nojo quando exibem o seu vício nojento fazendo-se fotografar dessa forma. E, portanto, como me metem nojo, não estou muito interessado em contactar com elas. Mas não pretendo, nem no meu comentário sugeri petender, proibi-l@s de seja o que fôr.
(Não sei porquê, você tem-me raiva, e então lê nos meus comentários coisas que lá não estão.)
Luís Lavoura
Meu caro: posso assegurar-lhe que não lhe tenho raiva nenhuma, embora efectivamente as suas convicções me façam uma certa espécie. Mas, enfim, como diria um colega meu, cada um é como cada qual e cada qual é como evidentemente. Todavia, com essa do "as mulheres que fumam metem-me nojo", você despertou em mim um sentimento feminista que eu nem sabia que existia e efectivamente aproximou-se bastante de eu lhe ter raiva. Intelectual, diga-se. Pessoalmente, prefiro que os meus parceiros não fumem, mas ainda consigo gostar dos homens pelo que são e não por circunstâncias tão laterais.
E não estou interessado, porque me metem nojo as mulheres (e os homens também, embora menos) que fumam. - Luís Lavoura.
Luís Lavoura,
Se tem nojo de pessoas que, como eu, fumam, então faça-nos a todos um favor e desande daqui.
SMP,
Depois disto eu punha uma foto com o cigarrinho ao canto da boca, nem que fosse de chocolate.
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