o aborto (II)
As duas questões que gostaria de ver respondidas:
A primeira dir-me-ia se o aborto é um assassínio ou não; se o feto é "gente", e se a mãe não tem propriedade sobre a "gente", lamento, é assassínio, seja em que condições for e porque motivos for.
A segunda esclarecia o papel do pai nisto. É que eu acho que nunca ninguém lhe perguntou nada.
Há quem diga que a "moral dominante" ou a "sabedoria popular" tem respostas para tudo. Não é que seja mesmo assim, simplesmente há respostas que só fazem sentido quando o sentido do "popular" emerge. Esta coisa do aborto é uma dessas situações.
Nota: Não tenho resposta para as perguntas, nem sequer uma inclinação. O aborto é dos assuntos que mais me divide.
3 comentários:
Essas são as duas perguntas que se respondidas univocamente eu não teria qualquer duvida em relação ao sim/não a legalização do aborto.
Como não sei responder univocamente a essas perguntas, tendo em assumir uma posição de individualização. Ou seja, se eu próprio não consigo responder, não vejo como em conjunto poderemos recusar a qualquer pessoa (leia-se mulher) o direito ao aborto, sendo essa uma decisão individual, apelando a consciência de cada um. Eu não me sinto no direito de criminalizar alguém sobre algo que não consigo compreender na totalidade, nomeadamente as perguntas que pões.
A primeira eu diria que não, as 10 semanas o feto não é uma pessoa, é uma potencialidade.
A segunda pergunta deixa-me completamente pasmado, pois, qual seria a minha posição se a minha namorada tomasse uma decisão sem me consultar ? Poderia obriga-la a levar a gravidez até ao fim? Poderia obriga-la a abortar? A segunda parece-me que não, pois não a poderia forçar a intervenções não desejadas nem às consequências de tal intervenção. A primeira deixa-me reticente, pois o corpo é dela, e não meu. Gostaria de ouvir mulheres a falar sobre esta segunda pergunta.
Alfredo Matos
Como se determina quem é o pai?
Que eu saiba, não há métodos infalíveis, nem mesmo para crianças já nascidas. Para fetos, não conheço nenhum método para determinar quem é o pai.
Luís Lavoura
é clássico:
quando uma pessoa nasce sem o compromisso social do pai -- é filho(a) da puta.
ponto.
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