2006/10/03

Regresso à base

Depois de uma rigorosa e estrita dieta de alcatra, picanha, maminha, cupim, calabreza, fraldinha, costela, galeto, filet mignon, comida japonesa, mineira e árabe, acompanhados de cultura, tradição e nacionalismo gaúcho e da cidade a perder de vista e verdadeira enciclopédia gastronómica que é S. Paulo, tudo ao lado da melhor das companhias, eis que estou de volta, pronto e cheio de vontade de voltar ao activo.

Da viagem ficaram novas vivências, novos e bons amigos e uma curiosa experiência que permitiu constatar um exemplo prático de regulação privada a funcionar em excelente ritmo, longe já da imagem ultrapassada das repartições entulhadas de papel que vamos conhecendo, e que nos vai dando um exemplo de adaptação aos novos desafios e paradigmas, com uma evolução prática e firme, longe dos devaneios propagandísticos e de segurança jurídica dúvidosa do nosso Simplex. Foi bom conhecer a realidade da classe dos registradores brasileiros.

Entretanto, a visibilidade dos temas lusos, por limitações de acesso à Internet, foi escassa. O tempo foi mais dedicado a acompanhar os caminhos tortuosos da campanha eleitoral brasileira, de que que darei conta em próximo artigo. Mas o essencial, à distância, julgo que foi apreendido: ao que parece, a Autoridade da Concorrência descobriu que não vivemos há muito num mercado concorrencial de telecomunicações (terá porventura acordade tarde); foi nomeado o presidente do STJ novo Procurador Geral da República, o presidente Cavaco descobriu o que é um PDA e o nosso primeiro perdeu a cabeça e já considera entregar uns estonteantes 2 ou 3% das pensões à capitalização. O Mateus parece que já era (o caso e o jogador no Gil Vicente), os atestados médicos passaram a ser da competência de administrativos e o tema do aborto vai sendo sacudido pela oposição como se fosse uma batata quente, a ver quem faz o maior golpe à perspectiva de Estado de Direito, enquanto o Expresso se prepara para trocar a distribuição de DVD pela pura fé para combater o Sol (que, diga-se de passagem, lido o último número, me pareceu muito fraquinho).

Por aqui por casa batemos uns estonteantes 3 dias de Blasfémias de visitas, enquanto os referidos blasfemos se reforçaram com Pedro Arroja, aparentemente finalmente disposto a dar uma chance à blogosfera como meio de discussão e de disseminação do pensamento liberal, e já alvo de fogo cerrado de tudo o que é lado ainda antes de sequer ter aberto a boca. Da minha parte, boas vindas!

Para concluir fica o meu agradecimento ao resto dos small brothers por terem aguentado o barco no entretanto. E a informação aos leitores de que há novidades para breve.

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