2006/10/17

Realpolitik

E não é que o Filipe Castro acabou, apesar de tudo, por comprar mesmo as cadeiras?

8 comentários:

JoaoMiranda disse...

O post das cadeiras é um caso mais extraordinário de duplipensar.

JLP disse...

Caro JM,

Eu diria até double plus good doublethink... ;)

Anónimo disse...

E se fossem mais caras, talvez preferisse umas cadeiras suecas - sempre lhe dariam uma maior garantia de qualidade, talvez - e deixaria o outro lado ainda mais miserável, sem sete euros, sem nada. O preço justo? Faz-me lembrar o café que agora se vende com esse rótulo, igual ao outro, mas comprado por "consciências pesadas", que não se importam de pagar mais pelo mesmo. Por agora, porque ainda está na moda, e as embalagens até são engraçadas. Um dia fartam-se, e param, sem nunca se terem perguntado como chegaram ao nível de bem-estar que lhes permitiu, por opção, pagar produtos acima do preço de mercado.

Ricardo Alves disse...

Um liberal que seja funcionário público não será também um caso de «duplipensar», João Miranda?

JoaoMiranda disse...

«« Um liberal que seja funcionário público não será também um caso de «duplipensar», João Miranda?»»

Vida privada, meu caro, vida privada. O liberalismo é uma filosofia política. Refere-se à vida pública, à organização das instituições públicas. Não é uma cartilha de comportamentos pessoais.

Ricardo Alves disse...

Pois meu caro, e a compra de umas cadeira não será também um acto da vida privada do Filipe?

JoaoMiranda disse...

««Pois meu caro, e a compra de umas cadeira não será também um acto da vida privada do Filipe?»»

Claro que é.

Mas é o próprio Filipe que considera que quem compra cadeiras aos chineses
é miserável e insensível à injustica.

Ricardo Alves disse...

«o próprio Filipe que considera que quem compra cadeiras aos chineses
é miserável e insensível à injustica»

Vais ter que ler outra vez o artigo. Ele diz que é «miserável e insensível» quem não se importa com a situação. Não diz que quem as compra é miserável e insensível.

Eu acho muito bem que não queiram seguir «cartilha» alguma. Mas nesse caso não exijam dos outros que sigam a que imaginaram para eles, pois é isso que estão a fazer neste artigo e nos comentários supra...