2006/09/13

Critérios confessionais

Uma das minhas consultas blogárias frequentes tem por hábito, entre outros, zurzir nas homilías semanais de um excelente economista, entretanto dedicado a lides supra-terrenas com bastante mais afinco.

Calculei que, desta vez, tal a inenarrável intervenção de um senhor dito intelectual muçulmano, muito bem desmascarada e escalpelizada na livre blogosfera, haveria motivo para uma clara inflexão de prioridades.

Ingenuidade por certo. Não só não se relevou a idiótica referência à condição islamo-feminina, como se destacaram, apenas e só, algumas referências de Pacheco Pereira ao “suposto” laicismo da sociedade americana.

Como se a óbvia patetice totalitária e comportamental (desta vez adida ao inovador discurso conspiracionista) do referido senhor não fosse um espelho claro das dificuldades e apertos que todos os cidadãos sentem em locais onde não podem expressar os seus pensamentos e a sua diversidade estética, esses sim, bem reveladores das amarras da religiosidade que cega, impõe e tortura.

Por muito que não se ajuste ao discurso libertador da causa, o facto é que, na sociedade ocidental, podemos tranquilamente ocupar diversos dias nas mais fúteis e perversas actividades sem distinguirmos o mais pequeno visumbre de confessionismo catolicista
(ao contrário, ironicamente, esbarramo-nos, em toda e qualquer esquina, com o legislacionismo paranóico dessa seita inexpugnável, chamada estado socialista).

Calculo, evidentemente, que não existe nenhum branqueamento de tais posturas.
Mas se o objectivo da associação era, primordialmente, curar os traumas da catequese, mais valia ter investido tempo e dinheiro na indústria farmacêutica.

3 comentários:

João Vasco disse...

São tão injustas as acusações de Islamofilia que se vão fazendo ao Diário Ateísta!

Tirando o «Observatório da Jihad», certamente nenhum outro blogue conhecido dedicou tantos artigos a criticar duramente o Islão.

Os meus dois últimos têm menos de um mês:

www.ateismo.net/diario/2006/08/o-coro-e-tolerncia.php

www.ateismo.net/diario/2006/08/o-islamismo-uma-religio-de-paz.php

Enfim...

João Vasco disse...

São tão injustas as acusações de Islamofilia que se vão fazendo ao Diário Ateísta!

Tirando o «Observatório da Jihad», certamente nenhum outro blogue conhecido dedicou tantos artigos a criticar duramente o Islão.

Os meus dois últimos têm menos de um mês:

www.ateismo.net/diario/2006/08/o-coro-e-tolerncia.php

www.ateismo.net/diario/2006/08/o-islamismo-uma-religio-de-paz.php

Enfim...

Ricardo Alves disse...

«Perante o que se ouviu na passada segunda-feira, e o que habitualmente leio no Diário Ateista, pareceu-me claro que o assunto merecia uma crítica veemente.»

Já que quer saber, não vi o programa na totalidade. Não assisti às declarações de Youssuf Adamgy, por exemplo. Do que ouvi, pareceu-me importante desfazer dois equívocos que são feitos muitas vezes e que Pacheco Pereira repetiu acriticamente.

Quanto a traumas da catequese, não sei o que sejam porque nunca a tive.