Plenamente concordato
"Ministros e funcionários julgam sempre adivinhar os novos caminhos, apostar nos vencedores, apoiar as inovações. Na melhor das hipóteses, é um enorme desperdício de recursos. Em geral, cria distorções que demoram anos a corrigir. Porque os políticos não fazem a menor ideia das empresas e produtos que a nossa economia vai produzir. Pois nem sequer as empresas o sabem, antes de os mercados terem decretado os vencedores.
A arrogância dos engenheiros sociais, que pretende conceber ou, pior, impor modelos, sempre foi ridícula. Agora está obsoleta.
Mas, felizmente, enquanto os teóricos falam e os ministros decretam, cada empresário e consumidor, aflito na sua circunstância, esbraceja para achar novas soluções e sobreviver nas dolorosas condições do momento. Isso, só isso, constitui a excelência da economia portuguesa."
João César das Neves, o pós-liberal.
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