2006/08/16

A não perder

No blog da Revista Atlântico, dois artigos essenciais:

1. Erro do primeiro mandato de Bush? Pensar que podemos escolher a guerra, como quem escolhe Champô na prateleira. Não escolhemos a guerra; a guerra escolhe-nos.
War of Choice, baseada em coligações ad hoc e no sonho de regime change, não é uma estratégia; é, isso sim, uma fábrica de instabilidade. Mas, para os idealistas neocon, isso não é problema. A estabilidade, dizem, é inimiga do avanço da democracia. Apenas obedecem a valores morais. É fácil ser-se idealista quando se está a milhares de kms e sob a protecção de dois oceanos.

fim do momento neocon, por Henrique Raposo.
Muito resumidamente, os conservadores devem reconhecer que a invasão do Iraque foi um erro grosseiro; não devem aceitar a divisão maniqueísta do mundo em "bons" e "maus"; e devem rejeitar a doutrina da guerra preventiva.

Em Portugal, país onde parece não haver conservadores, estas coisas são difíceis de entender. Aqueles que, da Direita, criticaram a guerra do Iraque e levantaram dúvidas sobre a eficácia da guerra do Líbano foram: a) empurrados para a extrema-direita, b) empurrados para a esquerda, c) acusados de traição, d) acusados de anti-americanismo, e) acusados de anti-semitismo, f) acusados de serem "amigos dos terroristas", e mais um sem número de barbaridades.

Diz não ao neoconservadorismo, por Eduardo Nogueira Pinto.

1 comentário:

FMP disse...

já estava quase a perder a esperança de encontrar uma leitura lúcida da situação internacional / política externa americana.... os Blasfemos e Insurgentes parece que sofreram uma "bushwash" cerebral...