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Nenhuma das forças dominantes depois de Abril, e principalmente os militares, queria julgar Marcelo perante a Europa inteira. Lavar a roupa suja da guerra de África e, pior ainda, da "descolonização" que se preparava não convinha a ninguém. Toda a gente preferia não ver e não ouvir e esquecer depressa. Como preferia não falar na colaboração com o antigo regime, que ia de Spínola e do MFA a muita esquerda dura e pura. A presença de Marcelo e Tomás não permitia a grande lavagem e absolvição colectiva em que o PREC e a seguir a democracia assentaram.
VPV
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