A aritmética da guerra
É praticamente unânime que uma das funções básicas dos estados modernos é a defesa dos seus cidadãos. As estruturas de defesa são pagas por cada um dos contribuintes e estes, aceitavelmente, esperam que o estado cumpra a função para a qual é pago. O estado tem esta obrigação apenas perante os seus cidadãos e não sobre o de estados vizinhos. Se no estado vizinho houver duas pessoas a conspirar contra a vida de um dos seus cidadãos, é obrigação de um estado cumpridor impedi-los de o fazer seja pela aniquilação, pela prisão ou qualquer outro método de imobilizar a ameaça. Se em vez de dois forem cem conspiradores, a obrigação mantém-se: o estado deve defender o seu cidadão. Se a proteger esses cem conspiradores houver quatrocentas outras pessoas, o estado continua a ter o direito, e a obrigação, de imobilizá-los na defesa do seu cidadão, mesmo que por esta altura a relação de vidas seja já de 500 para 1. Se para aniquilar os 500 inimigos estrangeiros, o estado tiver que aniquilar outros 500 que se resolvam atravessar no caminho, continua no seu direito. Isto porque o seu dever se restringe à defesa da vida dos seus cidadãos. O dever de proteger a vida de cidadãos de um estado vizinho é apenas do estado vizinho. Neste caso, de forma a salvar a vida de 900 dos seus cidadãos, o estado vizinho teria apenas que imobilizar os 100 conspiradores.
O estado Israelita tem o dever de defender os seus cidadãos. Se o motivo desta guerra são apenas “uns soldadinhos” que o João refere em baixo, a forma de a parar também é simples: entregar os “uns soldadinhos”. Se por cada israelita morto num atentado morrem 100 palestinianos na resposta, o estado palestiniano tem uma forma simples de defender a vida de centenas de cidadãos seus: impedir os ataques terroristas em Israel. Está na mão dos dirigentes palestinianos salvar centenas de vidas de cidadãos seus mas não o fazem. Se não o fazem é porque há outro objectivo maior para o estado Palestiniano do que defender a vida dos seus cidadãos que é o de aniquilar Israel. Enquanto assim for, esse estado estará a condenar à morte os seus cidadãos por sua escolha, porque opta por ser um estado assassino.
O estado Israelita tem o dever de defender os seus cidadãos. Se o motivo desta guerra são apenas “uns soldadinhos” que o João refere em baixo, a forma de a parar também é simples: entregar os “uns soldadinhos”. Se por cada israelita morto num atentado morrem 100 palestinianos na resposta, o estado palestiniano tem uma forma simples de defender a vida de centenas de cidadãos seus: impedir os ataques terroristas em Israel. Está na mão dos dirigentes palestinianos salvar centenas de vidas de cidadãos seus mas não o fazem. Se não o fazem é porque há outro objectivo maior para o estado Palestiniano do que defender a vida dos seus cidadãos que é o de aniquilar Israel. Enquanto assim for, esse estado estará a condenar à morte os seus cidadãos por sua escolha, porque opta por ser um estado assassino.
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