2006/06/12

Sugestão em tempo de bola



Em tempo de alienação colectiva, e no seguimento do êxodo (voluntário e prazeiroso, e não, caro JPP, a diminuição da produção blogosférica não é só para ir a banhos) na capital do Império, fica a sugestão da visita ao Museu Nacional de Arte Antiga. Não é o Louvre, mas a Custódia de Belém, a mais famosa representação de D. Sebastião, os Painéis de S. Vicente (no caso acompanhado do autor de um interessante site sobre os ditos), o acima retratado Ecce Huomo e o fabuloso Tentações de Sto. Antão não são de desprezar, e são sempre tempo muito bem passado.

Tem também patente (até Setembro) uma exposição temporária de pintura da Colecção Rau, não muito grande mas competente e interessante.

Só se lamenta a política (infelizmente cada vez mais comum nos museus) de proibição da fotografia, mesmo que sem flash, de obras que estão em domínio público em termos de direito de autor. Se se poderá eventualmente compreender nalgumas obras pontuais a limitação do uso de flash (o que mesmo assim me suscita as minhas dúvidas, uma vez que vários museus, entre os quais o Louvre, o permitem), a proibição da fotografia sem flash num museu público de obras não abrangidas pelo direito de autor (provavelmente e naturalmente para vender mais uns postalinhos), é de todo incompreensível e de criticar.

Ainda mais quando o único aviso dessa proibição, tímido para não parecer mal, e da existência do qual fui elucidado por uma vigilante de sala que me interrompeu quando tirava fotografias (para o qual me sentia legitimado, tendo activamente, mas em vão, procurado por avisos em contrário), se encontrava no átrio da entrada nas costas de uma coluna, oculto ao normal fluxo dos visitantes, sendo constituído pelo respectivo símbolo impresso numa folha A5.

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