2006/04/27

Hoje foi dia de grandes citações - Networking I

Com uma semana de atraso, o director do meu jornal favorito:

2,6%

Sabe que número é este? É o do valor do défice estrutural do Estado em 2005. E sabe que mais? É um valor mais elevado que o de 2004, 2003, 2002 e 2001. Percebeu perfeitamente: as contas públicas estão estruturalmente piores que no tempo do eng. Guterres. E a crise orçamental é hoje mais grave do que aquela que levou este Governo a diabolizar Santana Lopes e a assassinar tecnicamente Bagão Felix.

Sérgio Figueiredo , Sábado, 20/04/2006
Um dos melhores comentadores da blogosfera lusa:
A próxima revolução industrial, tudo o indica, será o da energia (que deverá ser tão ou mais profunda que a revolução da arpanet, perdão, internet) e esta "nova economia" já está atrair multidões de investidores, empresários, empreendedores, idealistas, inventores e toda a catraifada de "aspirantes a milionários". Todos sonham com o seu quinhão, à boa moda dos tycoons das ferrovias, do século XIX. É ver a quantidade de dinheiro aplicado no sector das chamadas "energias alternativas" ou "verdes" e repararão que o "mercado não dorme".

Imagine-se esta coisa engraçada. O capitalismo, ele próprio, fruto da sua cupidez, ganância e ânsia do lucro, está a procurar encontrar a tal "solução milagrosa", a tal que os diversos Estados, comunistas, socialistas e até capitalistas, não a conseguiram encontrar.

Se o capitalismo já está a investir fortemente (reparem neste número maravilhoso: 25% do total investido no sector da energia) para nos providenciar as tais soluções que evitarão o colapso do sistema, imagine-se se os mercados fossem livres, abertos e sem impostos. O que já teria providenciado o capitalismo? Motores de combustão a água transformada em hidrogénio? Um espécie de sterling milagroso? Quem sabe? Se o Tesla tivesse sido um verdadeiro capitalista e empreendedor como o Edison, se calhar, tamanha era a sua genialidade, já tínhamos um motor de movimento perpétuo. Quem sabe?

Deixem o mercado trabalhar e ele providenciará a oferta para tamanha procura. Em vez de negarem o mercado juntem-se a ele e, quem sabe?, até podem ser o próximo Bil Gaitas da energia!

Anti-comuna (nesta caixa de comentários)
Um escritor sem tiques paternalistas:
Por que é que a larga maior parte dos portugueses ainda pensa que o estado é uma gigante máquina multibanco a que os governantes recorrem para publicamente financiarem o possível e o impossível?

Numa democracia, mais do que um espaço de reivindicação a outrem, não será a liberdade sobretudo um espaço de criação, iniciativa e autonomia?

Luis Carmelo
Afinal, o mundo poderá não estar perdido.

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