2006/03/30

paridades ímpares

E diz-se assim no Público. Tal-e-coisa, MULHERES NA UE, Portugal em 42º lugar no ranking mundial de presenças femininas nos parlamentos; aí a meio da tabela na UE.

Isto suscita-me o seguinte:

1. pensei que era bem pior. 20% é 1/5 da população portuguesa [assim como 1/3 daria 33%]. Vai daí, por cada 5 homens que gostam de ir para a tasca discutir o que tá male no país, há só uma que vai. Sou gajo para aceitar os figures sem reclamar.

2. Admitindo que a ideia é fazer representar os interesses de todos no Parlamento, acho que se devem exigir quotas para os seguintes grupos sociais (aí 33%):
- ocidentais, africanos, asiáticos, ...
- quem gosta de cães mas não gosta de gatos
- quem é do INSIRA_A_SUA_EQUIPA_DE_FUTEBOL_AQUI e quem não é
- quem tem mais de 40 anos e quem tem menos de 40 anos
- quem gosta de jazz e não de fado
- quem tem mais de 50 anos e quem tem menos de 50 anos
- quem gosta de fado e não de jazz
- quem tem mais de 60 anos e quem tem menos de 60 anos
- quem gosta de fado à noite e jazz à tarde
- quem tem mais de INSIRA_SUA_IDADE_AQUI e menos de INSIRA_SUA_IDADE_AQUI
- quem gosta de fado à tarde e jazz à noite
- quem vai ao shopping ao domingo e quem não vai
- agricultores, taxistas e mestres de kung-fu
- por freguesia, concelho e condomínio

Embora tenha a sensação de me ter esquecido de algum grupo social mui nobre e honrado, fico aqui o ponto de partida para a discussão inadiável.


3. Baralha-me a motivação de quem pensou nisto. Confesso que até percebo a ideia e confesso que preferiria um mundo onde houvesse 48% homens e 52% de mulheres. Não sei bem pq, mas se o mundo fosse assim tão matemático era bom sinal.

Ficam então o recrutamento das políticas (feminino de políticos) à força.

Ainda assim: Não querem considerar um aumentozito de salário pa mulheres na política? Assim do género "É mulher? Sabia que tem direito ao prémio de género?".

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