2006/03/12

altruísmo genético

Sugere-se aqui que o bicho-homem é tendencialmente altruísta. Não é um estudo que mo vai comprovar assim como nenhum igualmente mo descomprovará (salvo seja). Mas devo dizer que acho que sim, que o bicho-homem é altruísta se o deixarem. Sou irritavelmente optimista.

Até acho que o bicho-homem é um animal estranho pq me parece que, sendo intrinsecamente individualista de comportamento, precisa da sociedade para se realizar, yet again, individualmente. Faz-me lembrar o que Nietzsche dizia (qq coisa assim): o homem é o ser mais imperfeito pq aquilo que o separa dos irracionais (salve seja outra vez) pode estar a meio da evolução. Um pardal já é pardal há muito tempo e apenas evoluirá se se ramificar noutra espécie. Se calhar somos mesmo uma distracção da natureza.

Mas o que o estudo traz de mais interessante é outra coisa: "Children and chimpanzees are both willing to help, but they appear to differ in their ability to interpret the other's need for help in different situations. Ou seja, there is no such thing as learning how to be helpful.

Isto vai directo a certos ideários muito lindos que pretendem homogeneizar tutti quanti no sentido de direccionar a acção individual em torno de um objectivo comum "glorioso".

Conclusão: parem lá de brincar e deixem cada um encontrar o seu caminho e cada um encontrar a forma que considere mais útil de "ajudar" -- que é como quem diz, que cada um encontre a sua forma de estar na sociedade encaixando-se nela por si e não por ordens superiores. Viva a desigualdade?

(desigualdade... a boa pq é a única legítima).

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