2008/04/01

Desculpas de mau perdedor

Em Outubro, recebeu um telefonema do banco avisando-o de que o fundo UBS em que colocara algum dinheiro já perdera um terço do seu valor. (...) Por outras palavras, fora vigarizado, comprando como investimento de baixo risco um investimento de grau de risco desconhecido.

5dias
Qual a probabilidade de algo dar para o torto, quando raramente dá para o torto, sabendo que afinal até deu para o torto? A desonestidade de dizer que o investimento afinal não era de baixo risco reside na reavaliação à posteriori, conhecendo já o seu desfecho, incorrendo assim na falácia da probabilidade condicionada, sabendo que o risco baixo se concretizou de modo indesejado.

Fazendo uma comparação: Considere-se um Baralho de 52 cartas. A probabilidade de ao retirar uma carta sair um rei é 4/52, ou 1/13. No entanto, se alguém retira uma carta e nos diz que é uma figura, então a probabilidade de ter saído um rei é 4/12=1/3, ou seja, P(sair um rei|sair uma figura)=1/3.

A figura é nada mais que o telefonema do banco. Afinal o risco era de 1/3, lamenta-se o JPC! E não os 1/12 que constavam do prospecto. Ao gatuno! Ao gatuno!

1 comentário:

JoaoMiranda disse...

Excelente post.